quarta-feira, 30 de maio de 2012

O Reino da Coruja Dourada

Um conto de mitologia onírica

Se eram eles anjos, deuses ou gigantes, não sei . Viviam aqueles seres supremos em pela harmonia com a ordem universal.

Chamarei-os de "Vanes"

Constituíram eles um Império Celestial.
No alto da torre onde vivia o Imperador e os outros supremos havia a imagem de um gigante beija-flor, símbolo maior da luz, do amor da bondade fecunda e infinita que transpassa o cosmos e de quem eram, aqueles seres, devotos fiéis.
Mas não estavam eles sozinhos no universo. Em outro quadrante viviam seres beligerantes, cujo poder, ainda que grande, não era páreo para aos dos supremos.

Chamarei-os de "Ases"

Ainda assim, eles chegaram até ao quadrante dos Vanes e estacionaram sua nave. Vinham como exilados de sua própria pátria, dispostos a lutarem até a morte por aquele chão.
Os Vanes então se reuniram e decidiram não lutar. Simplesmente abandonaram o planeta em que viviam e com ele o beija-flor dourado, símbolo de sua raça.
O beija-flor dourado era a mais do que uma estátua. Era uma espécie de mecanismo que irradiava a energia benfazeja sobre todo aquele setor. Seu arfar de paz e amor emanava sobre todos os seres.
Já os Ases invasores, não tinham sobre si aquela luz. Eram outra raça e sua própria energia, mesclada ao beija-flor primordial, gerou uma outra criatura e o mecanismo metamorfoseou-se em uma gigantesca coruja dourada.

Se antes os Vanes cultuavam os pássaros "mansos", bem-te-vi, o beija-flor e o sabiá, os novos conquistadores Ases cultuavam agoras os rapineiros gavião, a águia e a coruja.

Naquele planeta, viviam também seres humanos em estado de plena inocência. Como que adormecidos apenas usufruiam da luz benfazeja dos Vanes e olhavam-nos em sua própria face, recebendo sua bondade sem nada dar em troca.

A coruja, a águia e o gavião dominaram os céus . Os guerreiros Ases lançaram suas assustadoras projeções holográficas que despertaram os seres inocentes em suas cavernas. Eles despertaram ao piado da coruja e viram que em seu olhar havia mais do que apenas a voracidade de uma ave de rapina, mas uma disciplina feroz, ativa e objetiva, capaz de despertar naqueles seres primitivos o poder da iniciativa dos mesmos deuses que tanto temiam.

Nenhum comentário:

Postar um comentário