segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

O que cruzou o céu de Cruzeiro do Sul foi um OVMI – Objeto Voador Mal Identificado

- É um avião? Um Meteoro?
- Não é um OVMI – Objeto Voador Mal Identificado!

O objeto luminoso que irrompeu nos céus de Cruzeiro do Sul foi identificado pelo ‘confiabilíssimo’ sistema Whats App de comunicação como sendo um avião em queda.

Dezenas de correntes de oração pelos sobreviventes e pelas almas do mortos já circulavam, quando, logo em seguida, a INFRAERO descartou a possibilidade e atribuiu o brilho intenso a um meteoro que cairia entre as regiões de selva entre Pucalpa e Cruzeiro do Sul. Chegaram a publicar manchetes de que a ‘aeronáutica confirmou a queda do meteorito entre o Acre e Peru’.
Também não era, e os sites logo em seguida publicam informações dizendo se tratar de lixo espacial. A equipe de Marcelo Cicco do Projeto Exoss detalhou se tratar restos do foguete lançador do satélite AngoSat 1 Communications Satellite (Ac 24 Horas).
Nesta segunda feira, uma imagem de uma esfera foi veiculada como sendo o resto do tanque de um foguete russo, localizado na região de Azángaro, Puno, Peru.



Ou seja, nem era meteoro e nem caiu na selva. Puno fica no Altiplano.

Não há nada de surpreendente no Whats App como veículo de desinformação. Surpreendente é a Aeronáutica com todos equipamentos, e responsabilidades, ter menos informações do que o Projeto Exxos – descrito como um projeto cidadão de controle de meteoros.
Só lembrando que foi gasta uma grana preta para a criação do Sistema de Vigilância da Amazônia, o SIVAM (Era FHC, só para informar), e creio que o cidadão tem o direito de saber se o que passa sobre sua cabeça é um avião, um meteoro, lixo espacial, o Goku ou algum Transformer... sei lá...

Reconstruindo a Ficção

Agora, num breve exercício, feche os olhos e imagine que de dentro daquela esfera saia um bebê criptoniano que será criado pelos quétchuas (ou aymarás) do Altiplano Peruano. Bem, eu me sentiria mais seguro aqui na América do Sul, já que o Clark Kent nunca deu muita bola para o terceiro mundo. O pequeno Tupac Quispe seria criado nos costumes das alturas, aprenderia a tocar flauta e pastorear Lhamas nas alturas. Quando adulto apareceria garboso em seu poncho, seria um fiel defensor dos princípios:  Ama Sua, Ama Llulla y Ama Quella (Não Roubar, Não Mentir e Não Ser Preguiçoso) e erguiria a Wiphala (bandeira andina) o mais alto que pudesse.