sábado, 26 de março de 2011

Contradição?

Dos temas tratados recentemente neste blog, teve um que não saiu da minha mente e que achei que merecia um destaque maior, uma articulação opinativa para tentar transmitir um ponto de vista diferenciado sobre a questão: Petróleo

Desenvolvimento ou Preservação ?

Resolvi não abordar o tema do petróleo em sí no Juruá, mas a possibilidade de diálogo entre dois pontos de vista diferentes. Atendendo ao apelo do subtítulo deste blog "Mistérios e Contradições", acredito que visões aparentemnete opostas são na realidade complementares e fazem parte de um conjunto maior. Só é necessário o devido distanciamento para perceber isso. Um pouco de Taoísmo não faz mal a ninguém. Socráticos ou marxistas inteligentes também são capazes de apreciar esta máxima universal, de que o diálogo entre aparentes contradições nos leva mais além na compreensão da verdade.

A aparente contradição entre desenvolvimento e preservação só parece real, mas não é quando visto do alto. (Dá-lhe Gavião-Real!)

A primeira verdade que desmascara o engano é que: o impulso do ser humano pelo progresso é Natural!

Está ligado ao polegar invertido, à fala, ao reconhecimento grupal e uso das habilidades inerentes ao homem.

Em segundo lugar: o ser humano só percebeu a necessidade de preservar, impulsionado pelo seu próprio desenvolvimento cognitivo do ambiente em que vive. Ou seja, só descobriu a necessidade de preservar, por que se desenvolveu e sabe que precis ado meio ambiente para continuar se desenvolvendo.

Pronto, tá bom assim?

Em uma postagem anterior, levantei o mesmo discurso tendo como base a função arquetípica da mitologia afro-brasileira dos Orixás. Só para lembrar: Ogum, senhor da guerra, do metal e de todo o progresso técnico e material, segundo esta cosmologia, é também irmão do rei caçador Oxossi, guardião da caça e da floresta, mantenedor do equilíbrio entre os domínios humano e animal.

Sinto que ainda vou entrar mais fundo neste assunto. Contradição é o que não falta na minha vida!

sexta-feira, 25 de março de 2011

Sábia Decisão


Rede estadual muda horário das escolas para atender apelos de pais de alunos. Na prática é como entrasse em vigor o antigo horário.

O secretário estadual de educação Daniel Zen autorizou os gestores da rede estadual de ensino para a partier desta quinta-feira definir um novo horário de funcionamento das escolas. A decisão foi tomada principalmente em respeito ao referendo que pediu o retorno ao antigo horário.

A partir desta mudança o horário das escolas passa a ser o seguinte: inicio às 8 horas e término às 12:00, 12:15 e 12:25, respectivamente para os ensinos infantil, fundamental e médio.

O segundo turno, dás 14 horas até ás 16:00, 16:15 ou 16:25 para as três modalidades de ensino. E terceiro turno a partir dás 19:30 até às 22:30 ou 23:30, dependendo da modalidade de ensino.

A partir da próxima semana órgãos estaduais também devem aderir ao novo horário de funcionamento, que na prática põe em funcionamento o antigo fuso horário do estado.

“Quando retornar o antigo horário, o que deve ocorrer em torno de um a dois meses, já estaremos acostumados biológicamente a este horário”, disse o gerente do núcleo de educação de Cruzeiro do Sul.

(Reportagem: Vanísia Nery/ Redação: Leandro Altheman)

sexta-feira, 18 de março de 2011

"Shani Vari"


Uma das primeiras coisas que fiz quando entrei de dieta (Samakãe) com o Mestre Shuintia Yawarani, foi ajustar os ponteiros do meu relógio com os do dele. Foi um gesto simbólico em que eu disse para mim memso que a partir dali, o meu ritmo de vida, pra os proximos três meses de dieta, deveriam estar ajustados ao ritmo de meu Mestre.

Às seis horas (nos seus ponteiros) ele olhava para o relógio de pulso prateado que alguém lhe presenteou, olhava para o Sol e dizia "Shani Vari" e parava de fazer o que estivesse fazendo.
Vari quer dizer Sol, mas pode significar hora e Shani, pode ser velho, mas pode significar também sábio. "Shani Vari" significa portanto "Horário Antigo".
Mas para mim "Shani Vari" quer dizer também que os homens sábios sabem que para tudo tem a hora certa.

A Vila de Asterix fica no Juruá


Estamos no ano 2011 depois de Cristo. Todo o Acre se rendeu ao horário da Rede Globo. ... Todo? Não! Uma aldeia povoada por irredutíveis gauleses (juruaenses) ainda resiste ao invasor. E a vida não é nada fácil para as guarnições de legionários nos campos fortificados de Babaovum, Puxasacum, Mentirum e Fazdecontum...

livre adaptação do prólogo das HQs de Asterix

O episódio da mudança de horario pela prefeitura me fez comparar a teimosia renitente e prosaica do juruaense com lendária Vila de Asterix.
Ainda que não se possa abstrair do episódio seus contornos políticos é uma mostra deste espírito juruanese de não se render à vontade que é imposta. A prefeitura nada mais fez do que captar a vontade popular.

Tolice de quem ainda tenta dobrar esta vontade com fracos argumentos ao invés de ações.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Prefeitura de Cruzeiro do Sul adota Horário Antigo


Órgãos e Escolas Municipais passam a funcionar à partir das 8 horas. Na prática a medida traz de volta o horário antigo. Segundo prefeitura decisão foi para obedecer à vontade popular.

Em uma rápida coletiva no gabinete da prefeitura, o vice-prefeito e prefeito em exercício Mazinho Santiago anunciou o decreto que estabelece o atendimento nos órgãos municipais à partir das 8 horas. O mesmo vale para as escolas municipais de ensino infantil e fundamental.

Na prática a medida faz com que as instituições públicas municipais de Cruzeiro do Sul passem a funcionar segundo o antigo fuso horário do Acre.

“Considerando que o povo do Acre já se manifestou através do referendo pela volta ao horário antigo, tomamos esta decisão em obediência à vontade popular.” Disse o prefeito em exercício Mazinho Santiago. Ainda segundo o prefeito em exercício, o prefeito Vagner Sales que se encontra em Brasília, está de comum acordo com a decisão.

Para o prefeito em exercício, os mais afetados são as crianças, em especial da zona rural que têm que acordar às 5:30 da manhã para chegar na escola às 7:30, quando ainda está muito escuro. Durante a coletiva, Mazinho Santiago disse que esta era uma medida administrativa, e não política, mas questionou a demora do Senado em aprovar a medida. “Não sei por que tanta demora. É só apresentar um projeto de lei e alterar o artigo anterior.”

Mazinho disse ainda que a mudança do fuso horário trouxe prejuízos no atendimento e que a decisão de colocar o horário de atendimento para à partir dás 8 horas deve reparar este problema.

“O comércio também poderia adotar este horário, pois os clientes nunca chegam no horário, é muito escuro. Se eles quiseram adotar, é bom, e viável.”, concluiu o prefeito em exercício.

O decreto entra em vigor a partir de segunda-feira.

(Leandro Altheman)

publicado originalmente no site Juruá On Line

quarta-feira, 16 de março de 2011

Petróleo no Juruá: “Somos Contra”

Esta é a posição do movimento indígena do Juruá. Eles querem garantias de que sua sobrevivência física e cultural seja assegurada. Na BR 364, katukinas dizem que somente 50% de suas demandas foram atendidas.

Durante o encontro de lideranças dos doze povos do Vale do Juruá se reúnem durante dois dias desta semana no Centro Diocesano de Treinamento para debater sobre as políticas públicas do Governo do Estado para as comunidades indígenas.

No debate estavam principalmente as questões ligadas à saúde, educação e produção. O assessor do governo para assuntos indígenas, Zezinho Kaxinauá falou que o objetivo do governo é estabelecer uma relação direta com as comunidades para que estas possam “caminhar com as próprias pernas”. Ainda que não fosse tema deste debate, questões polêmicas a respeito do modelo de desenvolvimento foram trazidas à tona, mostrando a necessidade de que sejam discutidas com transparência entre governo e povos indígenas.

“Para começo de história, somos contra”, disse o cacique do povo Kontanáua e coordenador da OPIRJ, Osmildo Kontanáua. A OPIRJ é a entidade representativa dos doze povos indígenas da região do Vale do Juruá. Osmildo diz que a avaliação é de que a prospecção de petróleo deve dificultar o acesso à caça e á pesca, colocando em risco a segurança alimentar das comunidades. “Nós sabemos o imapcto que vai causar. É uma bomba que vai devagarinho acabar de exterminar os povos indígenas.”, conclui. Mas, na avaliação de Osmildo não será possível para os povos indígenas evitar que tais projetos aconteçam “Quem somos nós para ser maiores do que as leis do nosso país”. ”Mas queremos garantias por parte do governo nas áreas de saúde, educação, produção e segurança alimentar”, concluiu a liderança.

Zezinho Kaxinauá (Huni Kuin) disse que o governo pretende construir estas políticas com a participação direta das comunidades na discussão, o mesmo se aplicando á questão da ligação terrestre para Pucalpa (ferroviária ou rodoviária).

Conflito de interesses

“Acredito que a melhor maneira de trabalhar estas questões seja colocando abertamente para os povos sobre os possíveis impactos e benefícios destes projetos.”, disse o antropólogo Marcelo Piedrafita, da assessoria dos povos indígenas do Governo do Estado.

“As comunidades que vivem na floresta têm direitos que devem ser respeitados, bem como a trajetória especifica destes povos são de extrema importância”

Katukinas e a BR 364

O embargo da BR 364 pelo Ministério Público Federal na década de 90 foi motivado pela não apresentação de um estudo de impacto ambiental que levasse em conta também o modo de vida das comunidades indígenas ao longo da BR. A retomada da obra foi condicionada á apresentação do EIA-RIMA (Estudo e Relatório de Impacto Ambiental), bem como o Plano de Mitigação conjunto de ações de estado desenvolvidas como forma de reduzir os impactos negativos da BR na fauna e flora e na vida das comunidades do entorno. No entanto, passados cerca de doze anos da reabertura dos trabalhos na BR, os Katukinas avaliam que somente 50% da demanda da comunidade foi atendida. “Por esta parte estamos satisfeitos, agora por outra, estamos tristes. No governo passado foram anos e anos planejando e deste planejamento pouca coisa foi atendida.” disse o cacique-geral do povo Katukina, Fernando (Capi).”Da parte da empresa Colorado, Orleir Cameli,o que ele prometeu, ele fez. O que faltou foi da parte do estado, como a finalização e os quebra-molas. Vamos reapresentar, para que seja atendido este ano.“

Com pouca caça e quase nenhum peixe, os Katukina estão tendo que se adaptar a atividades até pouco desconhecidas para o povo, como a piscicultura e criação de galinhas. No ano passado, um atropelamento de um jovem Katukina, que morreu após mo acidente, deu origem a uma onda de suicídios e tentativas entre os katukina.

(Leandro Altheman) Publicado originalmente no site Juruá Online

segunda-feira, 14 de março de 2011

Com pedido de prisão pelo MPE, Vando Torquato foge de equipe da RTV Juruá.


Procurado pela equipe de reportagem da RTV Juruá no município de Tarauacá, os seus assessores agendaram entrevista, mas por duas vezes o prefeito não compareceu. Esta não é a primeira vez que Vando age desta maneira com a imprensa.

O prefeito e o secretário de finanças são acusados de crime de responsabilidade fiscal, além de crimes contra a Lei de Licitações e Contratos da Administração Pública. Há mais de 20 dias, está no Tribunal de Justiça do Acre, o pedido de prisão do MPE contra ambos, mas até agora o TJ não se manifestou. Em outubro de 2010 foi oferecida denúncia criminal em face do atual Prefeito Municipal de Tarauacá, Erisvando Torquato Do Nascimento e do Secretário Municipal de Finanças, José Ulineide Gomes por ter desviado e aplicado indevidamente, rendas ou verbas públicas, dispensando ou inexigindo licitação fora das hipóteses previstas em lei. O processo tramita no Tribunal de Justiça do Estado, mas até agora não houve manifestação.

A denúncia dá conta que no mês de setembro de 2007, os denunciados adquiriram, sem o devido processo licitatório, com recursos públicos municipais, móveis e objetos de decoração, para mobiliar e ornar a residência do Prefeito Municipal, no valor de R$ 55, 000,00. Os móveis foram escolhidos pelo Prefeito Municipal e negociados pelo Secretário Municipal de Finanças José Ulineide, que também se encarregou do pagamento, com recursos municipais.

Nesse processo, foi juntada lei municipal nº 601/2005, que supostamente concedia autorização para realização de despesas com locação de imóveis para “residência oficial do Prefeito e assessoria técnica, alimentação e manutenção e a aquisição de mobiliário destinado à residência oficial”.

Em dezembro de 2010, foi instaurado pela Promotoria de Justiça de Tarauacá, o Inquérito Civil, para apuração de graves denúncias de irregularidades administrativas praticadas pelo Prefeito Municipal e outros agentes públicos ocupantes de cargos de confiança: corrupção, indícios de crimes de peculato, falsidades diversas, formação de quadrilha, etc.

Durante as investigações, ainda em curso, foram colhidos elementos que comprovam, também, a falsificação da Lei Municipal nº 601/2005 para incluir no texto original a autorização para realização de despesas com a residência oficial do prefeito, assessoria técnica, alimentação e manutenção e aquisição de mobiliário destinado à residência oficial, sendo que sequer há residência oficial para Prefeitos no município

Com base nisso, foi feito o pedido de prisão preventiva do Prefeito Municipal e do Secretário de Finanças, que está pendente de análise no Tribunal de Justiça.

Além do processo crime, o Prefeito Municipal possui condenação criminal por crime eleitoral à pena de quatro anos de reclusão, em regime aberto, que foi substituída por doação de 12 cestas básicas e multa e responde a vários processos no TCU, por suspeita de irregularidades na aplicação de recursos públicos (22 processos, conforme pesquisa extraída no site do TCU), vários processos no TCE; ações civis públicas por improbidade administrativa na Justiça Estadual, ações civis públicas por ato de improbidade administrativa na Justiça Federal, processos criminais por crime de responsabilidade, crime ambiental, crime contra a lei de licitações, tanto na Justiça Estadual como Federal e execuções de títulos executivos (em razão de danos causados ao erário), na Justiça Federal.

Apesar das dificuldades encontradas, promotora de justiça, Eliane Misae Kinoshita, do Ministério Público em Tarauacá, afirmou que p MP tem feito está fazendo seu trabalho. Prova disso são as várias ações propostas, investigações em andamento e o pedido de prisão preventiva.

“Em razão do tempo já transcorrido, e pela demora na tramitação de algumas ações, gerou-se um clima de insatisfação muito grande na sociedade local e, de certa forma, de descrédito na Justiça, conforme se pode verificar em comentários às matérias relativas ao Prefeito Municipal divulgadas nos blogs locais e em conversa com os moradores, que tem conhecimento de todas as ilegalidades praticadas na gestão municipal e esperam ansiosamente a tomada de providencias rígidas. Nos estamos fazendo tudo que está a nossa altura, mas agora cabe ao Tribunal de Justiça a decisão final.

Matéria Publicada originalmente no site Juruá Online

terça-feira, 8 de março de 2011

Homenagem às minhas "Três Panteras"

Neste Dia da Mulher resolvi homenagear àquelas que estão todos os dias comigo na batalha do jornalismo diário, debaixo de sol e chuva para alimentar o público (muitas vezes machista e outras vezes, ingrato) de informações, para ver se o Sol desperta na consciência de cada um.

Minhas "Três Panteras":

Dayana Maia















Jaqueline Teles
















Vanísia Nery



Muito me honra trabalhar com vcs!

"Vão ter que me engolir"


Equipe de Reportagem da RTV JURUÁ é alvo de agressão durante filmagem do carnaval. O autor da agressão é um sargento do exército. Posterior à agressão física cometida pelo mesmo, a repórter Jaqueline Teles passou a ser alvo de agressões morais por parte daqueles que defendem o direito de um militar agredir alguém em via pública, mas não o direito a todos ficarem sabendo quem o praticou. Leia abaixo texto da JORNALISTA.

na Foto o cinegrafista Dedi e Jaqueline Teles recebem prêmio Chalub Leite na categoria Telejornalismo em 2009

Jaqueline Teles

Caros internautas, pode até parecer estranho, mas fico feliz pela quantidade de acessos e comentários que essa matéria teve. Sinal de que vocês acompanham nosso trabalho.

Mas por outro lado fico triste pelo fato de algumas pessoas estarem tentando denegrir a minha imagem e principalmente por algo que eu mais prezo que é meu trabalho.

Pelos comentários que leio percebo que estas pessoas não entenderam corretamente a informação, e também não entendem o que é jornalismo.

Primeiro, a reportagem que estávamos fazendo não era sobre a mulher que aparentemente estava embriagada, e sim sobre o trabalho que os profissionais do SAMU estavam realizando durante o Carnaval. A imagem da jovem sobre a maca era apenas para ilustrar a narrativa da matéria, sem exibir seu rosto, pois temos responsabilidade com as imagens que publicamos.

Segundo, filmar em via publica não é invasão de privacidade, portanto não mereço os seis meses de reclusão.

Muitos comentários elaborados ao meu respeito, de forma irresponsável não condizem com a realidade. Para quem acompanha as reportagens publicadas neste site e na RTV Juruá sabe do conteúdo das minhas matérias. Não é a toa que sou a funcionária mais antiga da empresa, conquistei o respeito dos meus colegas, e pelo meu trabalho já fui premiada com o maior prêmio do telejornalismo acreano.

Para quem afirmou que eu parecia uma criança mimada, no momento em que meu colega de trabalho foi vítima de uma tentativa de agressão, é porque não conhece a minha história, não sabe de onde eu vim e pelo que já passei para chegar até aqui. E quero ir mais longe. Tenho certeza que estou no caminho certo. Enquanto meus colegas de trabalho forem vitimas de agressão eu estarei pronta para defendê-los, porque é humilhante estarmos trabalhando dignamente e sermos expostos à agressões diante de todos.

A minha história na comunicação do Juruá não é de hoje e continuo a escrevê-la. Não serão pessoas usando pseudônimos que vão mudar esta história. Embora alguns autores (ou seriam autoras?) se escondam atrás de apelidos inventados para agredir a minha imagem, consigo imaginar muito bem o tipo de pessoas que o fazem, e quais são as suas motivações, por isso, não me abalo. Tenho certeza que realizo meu trabalho de maneira digna e correta, a prova disso é o carinho que recebo nas ruas, nos ramais, nos rios e nos igarapés do Vale do Juruá. Infelizmente nosso trabalho incomoda muita gente, o que é um sinal de que estamos realmente cumprindo nosso papel.

Não sou graduada em Jornalismo, é verdade, sou formada em Letras – Língua Portuguesa, tenho registro profissional –DRT- desde 2008. Sou sindicalizada e portanto tenho amparo legal para exercer minha profissão. Portanto, sinto muito para quem pensa o contrário mas, como diria o Velho Lobo “Vão ter que me engolir!”.

Para os desinformados, para ser repórter precisa estar bem atualizado, acompanhar os noticiários diariamente. Portanto eu sei sim o que se passa no Brasil e no mundo, mas fazemos cobertura local, e os assuntos locais fazem parte do nosso noticiário.

Peço desculpas aos demais leitores por estar ocupando um espaço no site para responder este fato. Mas infelizmente quem tem uma profissão como a minha, da qual me orgulho muito, está sujeito a isto, são "ossos do ofício"



domingo, 6 de março de 2011

30 dias de Trégua

Setores ligados ao comando político da FPA sugeriram, de forma sutil e educada, uma trégua de 30 dias sobre a questão da mudança do horário. Achei o pedido justo, pois afinal, há desgaste político desnecessário que pode ser evitado, principalmente por que a questão agora vai para outros trâmites, e o Senador Jorge Viana assumiu publicamente o compromisso de fazer valer a vontade do povo do Acre.

No entanto, fiquei surpreso ao receber, poucas horas depois do pedido de "trégua" a ligação do sujeito da Rede Globo, que suspeito deve estar fazendo a produção de uma materia sobre o tema, para defender em âmbito nacional a posição da emissora e tentar mudar a posição dos senadores sobre o tema (leia postagem anterior).

Um guerreiro sabe qualquer movimento de tropas, viola os termos da trégua !

sexta-feira, 4 de março de 2011

Uma ligação muito eshtranha!

A panela xiou quando eu tirei o telefone do gancho!

"-Alô mêrmão... Aqui é Humberto Coschta.. da rede"
"- que rede?
"Da rede Globo Mermão. Eu tô atualizando osh dadosh da rede sobre ach emissorach da regiaum. Você pode me passar os dadosh delash"

Antes que eu perguntasse para quê, ele já foi me adiantando: "- é para a realizaçaum de eventosh...Em Porto Walter e Marcechal Thaumaturgo"

Me fingi do idiota que acredita que realmente a rede globo teria interesse em realizar shows... em Marechal Thaumaturgo e Porto Walter.Passei o contato de algumas rádios.

Ele disse:" Maish agora naum teim ninguém..."
Que horas são aí: "treish horash, e aí?"

-"Duas", respondi
-"Pô então osh caras eshtão fazendo tempeshtade em copo d'água. É só uma hora de diferença. Não é o tal do Petecão"
-"Mas quando retornar ao horáio antigo, serão duas"
-"Pô, tem que ficar tudo um horário só, voçeish eshtão no Brasil, naum no Peru, porra!"

Tive vontade de dizer: "vem acordar aqui as cinco da manhã, seu fidégua"

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O fato em si é só este. Mas a partir dele, o que pode ser intepretado?

Muito estranho um cara que atualiza "cadastros para eventos" estar tão preocupado com o horário do Acre e saber o nome do senador?

Meus leitores vão achar que estou paranóico se eu disser que vamos assitir a uma tentativa da rede globo de tentar manipular a opinião publica regional e nacional nos próximos trinta dias de "trégua" que se seguem?