sexta-feira, 19 de outubro de 2012

A Maldição da Coca

"Para os povos andinos a folha da coca é sagrada, como a hóstia dos cristãos. É utilizada em cerimônias sociais e rituais. Usavam ela como remédio, moeda de troca, sacramento e suplemento alimentar.

Quando Pizarro invadiu o Peru juntamente
com os espanhóis, ele mandou queimar o templo da Cocamama - onde consagrava-se La Cocamama, a entidade espiritual das folhas de Coca -, e as plantações, pois observou que isso iria destronar a moral do povo.

Dizem que no momento em que as folhas iam sendo destruídas, os sacerdotes incas, fizeram a seguinte maldição:
– Assim como os brancos estão destruindo as folhas de coca, um dia as folhas de coca irão destruir os homens brancos !"

Assim, dentro do seu poder, ela se vestiu de branco - também - para cumprir a maldição..."

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

A resposta da Balsa

Autor desconhecido (por enquanto)
A Balsa tá fora de moda
E digo qual a razão
O PT fez a estrada
A onda agora é buzão
Porem em carro pequeno
Tem a mesma condição

A galera anda dizendo
Espulsamos o PT
E se ele levasse as obras
Que seria de você.

Porque o nosso prefeito
Em assistencia é tal
Mais que seria de nós
Se faltasse o hospital

Pra comemorações
Ele é só felicidade
Que tristeza se faltasse
Aquela maternidade

Avião é bom transporte
Que o cabra nem enfada
Deus me livre que nos falte
Aquela bendita estrada

E o meu cartão postal
Que ja foi a catedral
Mais agora é nossa ponte
Que obra fundamental

A nossa biblioteca
É gostoso observar
Em breve vai estar pronta
Para o meu filho estudar

Estadio Arena do Juruá
Que ainda não está pronto
Mais em jogo e expoacre
É nosso ponto de encontro

Tá querendo que eu me cale
Mais eu vou falar de novo
Como seria se não tirassem
Aquelas ruas do povo.

E para a educação
Essa a moçada gosta
Tu ja deu uma espiada
No novo Craveiro Costa

E aquele Tele-centro
Que lugar especial
Vai ter um samambaia
Pro meus bisnetos
Ai que legal!

Universidade da floresta
É uma realidade
Onde formamos profissionais
Pra nossa sociedade

Eu já falei lá do ceflora
Hoje eu digo você
Aqueles cursos padrões
Quem promove é o PT

E o teatro dos nauas
Bela reforma sofreu
Ficou bem gostoso lá
Mais segurança me deu

O canal da Mâncio Lima
Que era só um esgoto
Eu cheguei a vê lá dendro
De Jacaré até Porco.

Agora há passarelas
Muitas areas de lazer
Belas árvores plantadas
Pra melhor você viver

Avenida Mâncio Lima
Que bela realidade
Aberta pra caminhada
De toda sociedade.

E lá também há comercio
De todas as qualidades
Do hotel ao Posto de combustível.
E escritorio de contabilidade

Mais mudo agora os meus planos
E vou mudar minha vida
Vou falar da praça da juventude
Que agora estar caida

Por baixo de caixa de agua
Tu nunca deves passar
Vai que essa caixa cair
E pode até te matar

Além de paradas de onibus
Com preços gordo e alargado
Aquela da Santa Rosa
Deu um trabalho danado

Em sifras vou te dizer
Para te ficar ligado
R$ 1.445.000,00
E ainda teve uns trocados

Mamãezinha me defenda
Isso foi caro demais
Tribuna não destacou
E nem saiu nos jornais

As escolas do municipio
Me tras grande pesadelo
Bem azuzinhas por fora
Mais em cima é um chuveiro

Henrique fica tranquilo
Pois aqui eu fico bem
E aqui junto comigo
Mais de 16 mil tem
E perder mais quatro anos
Isso faz parte também

Pois a população perde
Por não ter conhecimento
Recebi só cinquentinha
Depois é só sofrimento

Grandes cifras investidas
Pela força da desgraça
Porque cinqüenta reais
Só da pra comprar cachaça

Embarca a tua galera
Neste buzão luminoso
Sei que de Deus tu és servo
É um astro luminoso
E um dia nosso caminho
Será muito glorioso

Por isso caros amigos
Aqui para minha rima
Isso ai não foi perder
É cumprimento de sina

E eu apanho obrigado
Pela falta de cultura
Porque segredo e miseria
Uns levam pra sepultura.

Jota, Anisio, Iria e Neto.
A você fica a missão
De honrar essa bandeira
Combater a corrupção
E pessoas como vocês
Eu levo no coração.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Quem são os burros?



Convencionou-se acusar os eleitores de Vagner Sales de burros. Mas verdadeiramente quem são os “burros” que perderam uma eleição com todo apoio institucional do Governo do Estado?

Há que se fazer um contraponto, ao bom e velho estilo de nosso patriarca das comunicações no Juruá, João Mariano. João Mariano obrigou-se a criar duas publicações porque não havia oposição qualificada. Foi assim que nasceu "O Rebate."
E como parece que os “Pit Bulls” do exército zumbi de Vagner Sales estão ainda sonâmbulos com a vitória, tentarei aqui fazer o papel do “Rebate” para dar o necessário contra-ponto àqueles que se acham os bastiões da ética e do avanço social. E se você pertence a este grupo, um aviso: vai doer.

Então como diria Chico Picadinho : “vamos por partes”.

1-Se o eleitorado de Vagner é “burro” (ou para usar o eufemismo “alienado”) quem é o maior culpado? Significa admitir que em 14 anos o Governo da Frente Frente Popular não conseguiu acabar com a alienação e com a ignorância de 53% do eleitorado. È como assinar um atestado de incompetência, e dos mais graves.

2- Subestimar um político experiente como Vagner Sales é uma grande “burrice”. Vagner Sales pode ter baixa escolaridade, usar linguagem chula, e etc, mas está longe de ser “burro”. Certamente é mais inteligente que todos juntos, pois conseguiu vencer uma campanha cujo principal adversário era ele próprio. E todos sabem que quem vence a si mesmo, não é apenas inteligente, mas também sábio.

3- Se Vagner fez papel de ridículo ao comandar o espetáculo da Balsa, Tião Vina também o foi com a barbeiragem de sua “twitada” e para uma platéia ainda maior (deu no “Estadão”). No caso de Tião Viana há ainda um componente agravante: lançou ainda mais areia na relação institucional que deveria haver entre o município de Cruzeiro do Sul e o Governo do Estado do Acre, deixando claro para a população de Cruzeiro do Sul, que o seu partido é mais importante do que a cidade e sua população.

4- A FPA de Cruzeiro do Sul não sofre de falta de cérebro, mas de vértebras. A falta de uma articulação interna coloca de joelhos o que deveria ser uma oposição altiva e independente. O povo daqui tem uma percepção quase que “sensorial” de que um governo da FPA nos colocaria de quatro para as vontades dos Viana. O discurso da “união” traz, nas suas entrelinhas a seguinte mensagem “deixem-nos ganhar as eleições, para que o Governo possa fazer o que quiser com Cruzeiro do Sul”. Mesmo sem um processamento intelectual muito profundo, o povo sente o “pixé” da subserviência neste discurso.

5- Depois de atravessar a fase invertebrada, a campanha de Henrique entrou na fase “acefálica”. A campanha iniciada há 45 dias das eleições, esta aliás, uma outra lição que ainda não foi aprendida, demorou ainda cerca de 20 dias para “aterrissar” em Cruzeiro do Sul. Quando aterrissou, caminhou bem, angariando toda uma leva de descontentes e de pessoas que por razões diversas, creem, que uma administração da FPA seria melhor para Cruzeiro do Sul. E aí, no final, lá vem a santa intervenção de Rio Branco, dizendo como devemos agir: a “twitada” de Tião Viana, as barbeiragens da promotoria e para o “gran finale” um comício amador, sem iluminação cujas maiores “estrelas” foram: Thamaturgo Lima, Jonas Lima e Aníbal Diniz. Me respondam, em sã conciência: O que estes senhores agregam ao voto do eleitor cruzeirense? Manda-los para o palanque do 15 seria melhor estratégia.  Ao contrário disso, o palanque de Vagner montado com alto grau de profissionalismo, planejamento e organização, deixou no ar, há dois dias das eleições a sensação plena de que seria o vitorioso. Nocaute nos "inteligentes".

O contra-ponto de um eleitor do 15


Selecionei este comentário feito por um eleitor do 15 em minha postagem anterior. Serve do necessário contraponto que precisa ser ouvido.

Texto muito bom, Leandro, uma externação de seus sentimentos inconformáveis. Não sei se você é defensor da frente popular, mas é um caso a se pensar em deixar czs nas mãos deles. Você sabe muito bem o tipo de atitudes que eles executam na forma de administrar: posam de bonzinhos, humildes, respeitadores, preocupados com o povo; mas no seu interior prevalece o instinto ditador. Não falei que eles não fazem nada, está distante disso, vejo obras sendo construídas pela FPA.
Henrique seria um "sem rumo"(marionete) perante as mãos impiedosas da FPA. Não seria nada incomum que eles impusessem "regras" para Henrique seguir, e pelo que conheço ele, seria o início de uma discórdia partidária, levando czs a afundar em desavenças políticas o que causariam um retrocesso da princesinha do Juruá. Isso é uma Hipótese, não uma visão futura! Mas se parar para pensar tem sentido.

Pois bem, Vagner Sales é um nativo "bicho do mato", não consegue diferenciar que é preciso comportar-se diferente em algumas ocasiões. Levando consigo atitudes do seu convívio familiar, ou entre amigos; para a sociedade. Lastimável. Mas sua visão vai além de um simples ato impensado, e isso não serve de munição para o massacre que lhe impuseram. A FPA ou Henrique, se quisessem mesmo administrar czs, deveriam ter focado seus planos bem antes para conquistá-la. Exemplos: trazendo pequenos benefícios para melhorar a vida dos moradores daqui, operando em setores diferenciados da sociedade, trabalhando na zona rural e urbana, tudo isso, sem dúvida lhe trariam votos. Mas cadê as atitudes para conquistar votos? O povo sabe, e muito bem, analisar trabalhos realizados por gestores. E é justamente o que faltou para FPA sobrou em Vagner Sales: pequenas obras, pequenos gestos e pequenas demonstrações de sabedoria conquistou o povo. Obras têm que serem realizadas em todos setores da comunidade. Será que realmente seria digno dá uma chance a união? Sendo que pouco produziu para "tirar" votos do prefeito. Nota minha: Primeiro conquistamos, depois formalizamos nossas ideias para fortalecer nosso convívio.

Institucionalizar a "balsa" foi um grito que lhe apertava os pulmões. Toda máquina pública estadual estavam contra seu governo, e mesmo assim ele superou a investida aguda da FPA para derrubá-lo. Henrique poderia ser o melhor prefeito de czs, talvez os 18 mil pecaram escolhendo Sales, mas ao mesmo tempo o medo torturou suas mentes, ou seja, não viram a possibilidade de depositar seu voto em um "conterrâneo desconhecido" e envolto de uma massa que não mede esforço para chegar no poder. Tenho certeza que os 18 eleitores pensaram assim.

Uma observação bem minuciosa das circunstâncias envoltas dos candidatos refletem o voto nas urnas: sem dúvida Vagner leva uma pequena vantagem em relação ao Henrique. Aqui fala uma pessoa que pensou bastante antes de votar, não foi por impulso, ou mesmo medo de retaliação. Mas os fatos, pelo menos para mim, me levaram a votar em Vagner.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

A institucionalização da balsa - O pão e o circo de Vagner Sales

No episódio da balsa protagonizado pelo próprio prefeito, Vagner Sales mostra o melhor de sua política: Pão e Circo para a alegria da multidão. 

Começou mal. Para quem disse em seu discurso de vitória que iria ser o prefeito não apenas daqueles que o elegeram, mas de todos os cruzeirenses, Vagner Sales mais uma vez mostrou do que realmente é feito: pura arrogância e prepotência.

A “Balsa” é uma tradição bonita e divertida. Faz parte do nosso folclore de manifestações populares e de nossa história. Mas ao “institucionalizar” a “balsa”, Vagner Sales lança um “mau presságio” sobre Cruzeiro do Sul: a de que não poderemos esperar por respeito aos ideais democráticos nestes quatro anos vindouros e que o que deverá predominar será o seu espírito rancoroso e perseguidor.

A democracia que Vagner diz defender é tão somente uma balela para justificar sua falta de ideias. Não passa de um farrapo de uma “bandeira” cuja única serventia é esconder a sua maior vergonha: a sua incapacidade de administrar Cruzeiro do Sul como uma cidade e não como um apinhado de seringais e ramais que precisam de seus favores para sobreviver. Vagner perdeu em um conjunto importante do eleitorado. E perdeu feio. Talvez por isso, em muitas ruas do centro, o sentimento fosse de luto, e não de vitória.

Entre pequenos e médios empresários, trabalhadores autônomos, empregados com carteira assinada e estudantes, Henrique obteve aproximadamente 75% dos votos. Com sua pantomima, Vagner despreza os setores mais capazes de promover o desenvolvimento da cidade.

Dois mil e duzentos votos suados o separaram da “balsa” lançada por ele da mesma ponte que anos antes cometeu a bravata de dizer que “se ficasse pronta desfilaria de saia”. Mais uma promessa não cumprida que entrará para a história, assim como o ramal que prometeu “asfaltar com gala”.

Muito pouco para quem há um ano menosprezava seus adversários dizendo que iria colocar o seu motorista, o “Pimpolho” para concorrer.

Por esta razão dá para entender o sentimento de desforra de Vagner. Sente-se aliviado por conseguir uma reeleição “ralada”. Não fosse a ação desastrosa de setores fisiológicos e por que não dizer “patológicos” da FPA, e a balsa seria outra.

Vamos aos números: os dezoito mil votos de Vagner lhe garantem a legitimidade para governar Cruzeiro do Sul, mas está muito longe de ser a unanimidade anunciada pelo seu bem-pago colunista da capital.

Os mais de dezesseis mil votos obtidos por Henrique Afonso e as outras mais de onze mil abstenções representam mais da metade do eleitorado que por razões diversas, não referendou o mandatário. É em cima da cidadania destes vinte e sete mil eleitores que Vagner tripudia ao trocar o papel de representante do município pelo de bufão de sua própria corte.

Esperava mais de Vagner. Em muitos momentos da campanha demonstrou grandeza por saber aceitar críticas, uma qualidade esquecida por muitos dos que hoje se encontram em seu campo adversário.

No entanto, passado o susto, Vagner revela agora sua verdadeira natureza, mostrando que o papel de vítima não passou de um bem ensaiado jogo de cena e volta agora a interpretar o seu papel preferido: a do coronel de barranco que trata servidores, cidadãos e eleitores como peões de sua fazenda.

É uma questão de tempo para que muitos dos que hoje comemoram ao seu lado a sua vitória, lamentem não ter embarcado naquela “linda balsa laranja”.

O que pensa a juventude cruzeirense sobre a reeleição de Vagner Sales ?

Republico texto da jovem estudante de ensino médio, Taís Nascimento.

"Meus Profundos Sentimentos a Cruzeiro do Sul"

"Chamar a população de burra, realmente, é um termo pesado, mas podemos sim, chamá-la de cega e alienada. Passam quatro anos pedindo mudança, reclamando da roubalheira, da arrogância e do descaso com a cidade e seus habitantes, mas quando essa mesma massa tem uma oportunidade de mudar e de transformar sua cidade em um lugar agradável e educado, eles preferem jogar essa belíssima chance no LIXO."

Leia mais no seu próprio blog o texto: Meus profundos sentimentos a Cruzeiro do Sul

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Henrique e Marcelo agregam valores de "terceira via" na campanha

De todos os fatos desta campanha o que me foi mais surpreendente foi o tom da campanha nesta reta final por Henrique e Marcelo.

Esperava por uma campanha as estilo "riobranquense" e com um alto teor de "gospelândia": sisuda e moralista. Mas, ao contrário disso estamos tendo uma campanha plural, com poucos recursos e, o mais incrível: com alguns valores que são típicos de "terceira via". Este caráter ficou evidente durante a "cicleata" do último sábado. Luis Carlos Moreira Jorge chegou a afirmar que Henrique tinha deixado de ser "crente" para se tornar "hippie". Não se trata de "hippismo" sr. Crica, mas de terceira via: valores ambientais, éticos e humanos colocados acima do imediatismo eleitoreiro.

Henrique se livrou com tranqüilidade da pecha de "fanático" e "homofóbico" que lhe poderia ter sido imputada, colocando o travesti Valdete como estrela principal de seu palanque.

No palanque e em sua equipe estão contemplados os católicos, maçons, espíritas e daimistas, caindo por terra  a tese do proselitismo religioso unidirecional. A questão religiosa vem sendo trabalhada de forma leve e aberta, tal como recomenda o estatuto do PV, único partido que defende estatutariamente  a "espiritualidade" como bandeira de luta.

O resultado tem sido uma campanha leve e de fácil adesão popular. Ao invés da velha prática de se levar os mesmos cabos eleitorais de sempre, para "dar volume", Henrique e Marcelo conseguiram cativar um público fiel interessado em ouvir suas propostas e não apenas em servir de "claque" para quem lhes paga para portar bandeiras.

Embora as pesquisas domésticas não nos deem um resultado seguro de quem erá o vitorioso no dia 7 de outubro, o 43 claramente entrou em uma curva ascendente há pelo menos 15 dias, o que certamente já é uma vitória.

Mas independente de qual seja o resultado no próximo domingo, a maior vitória será a de que se provou que parte significativa do eleitorado já está madura o suficiente para uma mudança no paradigma na maneira de se fazer política.