Equipe de Reportagem da RTV JURUÁ é alvo de agressão durante filmagem do carnaval. O autor da agressão é um sargento do exército. Posterior à agressão física cometida pelo mesmo, a repórter Jaqueline Teles passou a ser alvo de agressões morais por parte daqueles que defendem o direito de um militar agredir alguém em via pública, mas não o direito a todos ficarem sabendo quem o praticou. Leia abaixo texto da JORNALISTA.
na Foto o cinegrafista Dedi e Jaqueline Teles recebem prêmio Chalub Leite na categoria Telejornalismo em 2009
Jaqueline Teles
Caros internautas, pode até parecer estranho, mas fico feliz pela quantidade de acessos e comentários que essa matéria teve. Sinal de que vocês acompanham nosso trabalho.
Mas por outro lado fico triste pelo fato de algumas pessoas estarem tentando denegrir a minha imagem e principalmente por algo que eu mais prezo que é meu trabalho.
Pelos comentários que leio percebo que estas pessoas não entenderam corretamente a informação, e também não entendem o que é jornalismo.
Primeiro, a reportagem que estávamos fazendo não era sobre a mulher que aparentemente estava embriagada, e sim sobre o trabalho que os profissionais do SAMU estavam realizando durante o Carnaval. A imagem da jovem sobre a maca era apenas para ilustrar a narrativa da matéria, sem exibir seu rosto, pois temos responsabilidade com as imagens que publicamos.
Segundo, filmar em via publica não é invasão de privacidade, portanto não mereço os seis meses de reclusão.
Muitos comentários elaborados ao meu respeito, de forma irresponsável não condizem com a realidade. Para quem acompanha as reportagens publicadas neste site e na RTV Juruá sabe do conteúdo das minhas matérias. Não é a toa que sou a funcionária mais antiga da empresa, conquistei o respeito dos meus colegas, e pelo meu trabalho já fui premiada com o maior prêmio do telejornalismo acreano.
Para quem afirmou que eu parecia uma criança mimada, no momento em que meu colega de trabalho foi vítima de uma tentativa de agressão, é porque não conhece a minha história, não sabe de onde eu vim e pelo que já passei para chegar até aqui. E quero ir mais longe. Tenho certeza que estou no caminho certo. Enquanto meus colegas de trabalho forem vitimas de agressão eu estarei pronta para defendê-los, porque é humilhante estarmos trabalhando dignamente e sermos expostos à agressões diante de todos.
A minha história na comunicação do Juruá não é de hoje e continuo a escrevê-la. Não serão pessoas usando pseudônimos que vão mudar esta história. Embora alguns autores (ou seriam autoras?) se escondam atrás de apelidos inventados para agredir a minha imagem, consigo imaginar muito bem o tipo de pessoas que o fazem, e quais são as suas motivações, por isso, não me abalo. Tenho certeza que realizo meu trabalho de maneira digna e correta, a prova disso é o carinho que recebo nas ruas, nos ramais, nos rios e nos igarapés do Vale do Juruá. Infelizmente nosso trabalho incomoda muita gente, o que é um sinal de que estamos realmente cumprindo nosso papel.
Não sou graduada em Jornalismo, é verdade, sou formada em Letras – Língua Portuguesa, tenho registro profissional –DRT- desde 2008. Sou sindicalizada e portanto tenho amparo legal para exercer minha profissão. Portanto, sinto muito para quem pensa o contrário mas, como diria o Velho Lobo “Vão ter que me engolir!”.
Para os desinformados, para ser repórter precisa estar bem atualizado, acompanhar os noticiários diariamente. Portanto eu sei sim o que se passa no Brasil e no mundo, mas fazemos cobertura local, e os assuntos locais fazem parte do nosso noticiário.
Peço desculpas aos demais leitores por estar ocupando um espaço no site para responder este fato. Mas infelizmente quem tem uma profissão como a minha, da qual me orgulho muito, está sujeito a isto, são "ossos do ofício"
Mulher bonita e inteligente causa inveja em qualquer lugar do mundo, especialmente em CZS, onde a mediocridade reinante não aceita ver um dos seus ser transformado em celebridade graças ao próprio talento. Seja pela inveja daquelas que precisam de um homem para "ser alguém" ou do machismo daqueles que não suportam ter que dar o braço a torcer para uma mulher que o venceu moralmente.
ResponderExcluirÉ uma honra de tê-la em minha equipe, assim como minhas outras duas repórteres.
Parabéns Jaqueline você é uma otima profissional, infelizmente há pessoas que escondidas no anonimato falam o que não devem, talvez por ainda não conhecerem uma palavra, palavra essa que você já alcançou "Sucesso", continue assim com essa garra.
ResponderExcluirPrezado Leandro,
ResponderExcluirCreio que vcs deveriam pensar na possibilidade de pôr um moderador nos comentários do portal para evitar aquele monte de acusações e afirmações covardes contra a profissional. Se todo mundo tem o direito de expressar a sua opinião que tenha pelo menos a dignidade de se identificar, de também se expor publicamente, como vcs fazem. Quem vive na sombra não tem direito a voz. A própria constituição diz isso.
Nessa situação vc vê até onde vai a falta de bom senso das pessoas. Lendo alguns dos comentários dos anônimos imbecis,têm até quem acha a agressão física e moral como normal e necessária. Santa ignorância. Se fosse ele um cidadão com um mínimo de calma, teria educadamente solicitado à equipe de reportagem para no momento da edição, cortar a imagem da mulher; como a matéria se tratava do SAMU, creio que não haveria objeção alguma. E tudo teria acabado em brancas nuvens. O problema é que alguns já perderam a capacidade de dialogar e partem logo para a agressão, como se todo mundo fosse um adversário mortal.