segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Palhaços sagrados: Os Heyoca

Em nossa cultura ocidental o riso e a garagalhada esã colocados e um plano totalmente diferente daquele que é divinizado u sacraizado. è sobre esta discussão que versa o beissimo livro e filme, "O nome da Rosa". No xamanismo lakota, foi-se mito além, criando-se figura dos Heyoca qu nada mais são do que plahaços sagrados ou palhaços espirituais. O texto abaixo, foi exraído do site

xamanismo.com.br

Uma maneira de nativa de ser, uma maneira nativo americana de curar é a Medicina Heyoka. Um Heyoka é um quem faz coisas ao contrário ou oposto. É o xamã dos contrários.

A idéia que Heyoka é um palhaço sagrado,vem do comportamento oposto; que é parte da sua medicina de Heyoka., para lembrar-nos que nós somos seres meramente humanos e para não nos tornarmos demasiado sérios, para não imaginar que somos mais poderosos do que somos realmente, lembrando nos que é no espírito que está todo o poder.

Para os lakotas, Wakinyan é primeiro Ser Trovão e é chamado também de Pássaro-Trovão.

Wakinyan representa também limpeza e quando Wakinyan voa sobre a terra no momento das tempestades limpa a terra de modo que as nações plantas possam viver para sempre.

A Direção de Wakinyan está no oeste e é feito do cedro. E Wakinyan instruiu a queimar o cedro durante as tempestades porque o fumo de cedro ardente limpa a área ende é queimado . Assim quando Wakinyan voa sobre as casas, s será favoràvel aquelas casas que queimam o cedro como limpeza.

Quando uma pessoa sonha e tem visões do trovão e do relâmpago, essa pessoa pode transformar-se em Heyoka, que faz tudo ao contrário, que faz com que as pessoas riam. Assim como o relâmpago ilumina a terra, um Heyoka traz um raio para diminuir o peso daqueles que estão deprimidos, doentes, sózinhos, etc..

Somente aqueles que tiveram visões dos seres trovão do oeste podem agir como heyokas. Têm o poder sagrado e compartilham com todas as pessoas, com ações engraçadas. Quando uma visão vem dos seres do trovão do oeste, vem com o terror como uma tempestade; mas quando a tempestade passa, o mundo é mais verde e mais feliz; por onde quer que venha a visão da verdade , é como uma chuva. Vemos o mundo mais felizes após o terror da tempestade.

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Mas na cerimônia do heyoka, tudo fica para trás, e planeja-se que as pessoas primeiramente fiquem alegres e felizes, de modo que possa ser mais fácil receber o poder que chega. Parte da observação é de que a verdade vem neste mundo com duas caras. Uma é triste com o sofrer, e a outra ri; mas é a mesma cara, rindo ou chorando.

Quando as pessoas estão desesperadas, talvez a cara rir seja melhor para ela; e quando sentem-se demasiado bons e são demasiadamente seguros, talvez a cara chorar seja melhor .

O heyokah é uma palavra Lakota (Sioux) para se referir a um tipo de xamã bem especial, o "Tolo Sagrado". A tradição narra que um heyokah é aquele que "sonhou com os espíritos do trovão." Este sonho traz um grande poder ao xamã, pois considera-se que ele recebem um dom especial para lidar com as tempestades. Para lidar com esse poder, este xamã, se transforma num “contrário

O heyokah tem uma força de vida própria, emergente dos espíritos-trovão que sonha. Essa força de manifestação inclui a capacidade de lidar com as tempestades e poder de cura. Ele é um professor muito sábio e poderoso , o ato de ser contrário ensina sobre nós mesmos, espelhando as nossas dúvidas, medos, mágoas, fraquezas e etc. Força-nos a examinar o que nós somos realmente, e nos faz rir com isso. Alivia dores com risos.

Um Heyokah leva as pessoas a fazerem um exame da vida. Li num artigo, que quando as pessoas estavam com fome e não havia nenhum alimento, o Heyokah, sentava-se em volta, incentivando as pessoas a não comerem mais, que seria muito melhor viver sem comer. Elas riam de tanta tolice e esqueciam da fome.

É considerado o "palhaço sagrado, o malicioso, o contador de histórias, e seu papel é mostrar o absurdo na comunidade. Ele ilumina a realidade por assumir o oposto. São partes fundamentais nos rituais do Sundance (Dança do Sol). Eles se secam antes de banharem-se, dançam para trás, aparecem despidos no inverno e com roupas no verão.

Eles também ensinam pelo desequilíbrio, pelos maus exemplos. Têm muitos papéis e funções. Primeiramente é preparar os povos para adversidades, catástrofes. Outro papel é mostrar a medicina preventiva, e pode incluir bons hábitos de comer e saúde. Agem de forma ridícula, obscena, cômica, especialmente em cerimônias religiosas. Vestem-se de forma bizarra, pondo roupas ao contrário, com vários artigos sagrados. Geralmente ele é liberado do cotidiano da tribo, portanto, não se casa e nem tem filhos, não participa dos trabalhos .

O heyokah é um tolo sagrado, xamânico, poderoso. Monta um cavalo por trás, caminha com as mãos, veste a roupa de dentro para fora, fala uma língua de trás para diante. Ele projecciona espíritos da perversidade e do caos, como uma entidade divina, na figura do tolo, do malicioso, do louco, do contador de histórias sagrado. Ele choca a consciência da tribo. É reverenciado e temido, é um personagem hermafrodita, pois tem dentro de si, o encontro da medicina do homem e da mulher

Em Imaginação Mítica, Stephen Larsen afirma que "não podemos desejar nada de nós mesmos sem criar uma sombra ". E prossegue : " O papel dos contrários, como a sociedade heyokah dos Sioux, é o de lembrar constantemente o absurdo de todo o comportamento humano. Se a totalidade da tribo sai correndo da cidade, o heyokah estará ao contrário no seu cavalo ou seguindo na direção oposta. Ele dorme de dia, levanta-se à noite, anda em contrário em volta da tenda cerimonial. O heyokah presta atenção nos jogos de palavras e lapsos freudianos e age segundo o significado não premeditado. A palavra heyokah é, na verdade, uma inversão do conhecido grito de guerra dos índios plain hokah-hey ( refere-se ao triunfo sobre os inimigos),

Os membros desta curiosa fraternidade são escolhidos não pela sua vontade pessoal, ou pela vontade do grupo, mas pelo raio ! Dois grande visionários Sioux, o Alce Negro e o Gamo Manco, eram heyokah.

Quando John Neihardt, e mais tarde Joseph Epes Brow, o conheceram, o Alce Negro estava quase cego. Ele contou a Brown que isso ocorreu numa brincadeira em que estava literalmente tentando representar uma profecia na qual a terra se levantaria.

O Alce Negro tinha feito uma trilha de pólvora sob o chão da tenda cerimonial. podemos achar que ele foi longe demais, mas os palhaços da tribo sioux acreditavam ter uma injunção sobrenatural - daqueles maravilhosos seres míticos, o pássaro-trovão - para fazer essas brincadeiras com a maior freqüência possível. o Gamo Manco disse:

É muito simples tornar-se um Heyokah. Basta sonhar com o raio, os pássaros do trovão. Faça isso, e ao acordar pela manhã você é um heyokah. Nada pode fazer quanto a isso.(...) Depois daquele sonho, ao levantar pela manhã, ouvi imediatamente um barulho no chão, debaixo dos meus pés, o ronco do trovão. eu sabia que antes do final do dia o raio viria e me atingiria, a menos que eu representasse o sonho.

O que se deve representar inicialmente é, em geral, algo vergonhoso, pessoal e íntimo, mas o raio não pode ser dissuadido

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