segunda-feira, 25 de julho de 2011

Existe Vida após a fama?


A morte de Amy Winehouse foi o assunto do final se semana. Vai engrossar a lista dos artistas que morreram no auge da carreira, por excesso de algum tipo de substância lícita ou ilícita: Jimi Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison, Elvis Presley, Raul Seixas, Michael Jackson. Kurt Cobain fica fora da lista porque se matou mesmo, mas provavelmemte por alguma depressão causada também por excesso de drogas.

Munição para os moralistas que defendem as proibições... Bem, se tudo que mata fosse proibido, deveria estar na lista o álcool, o cigarro e as motocicletas.

John Lennon não conta, foi assassinado na porta do edifício Dakota em Nova Iorque por um dois chamado Mark Chapman, que dizem as más línguas, teria sido treinado pela CIA. John Lennon faz parte de outra lista: a dos pacifistas assassinados, fica junto
com Mahatma Gandi e Isaac Rabin...

Mas não interressa, o objetivo da postagem não é esse, mas que a fama, com ou sem drogas, traz um efeito devastador na vida de qualquer pessoa.

Por exemplo: Você já ouviu falar em Robert Caradeire? Se você tem menos de 35 anos é provavel que não. Ele era famoso no final da década de 70 quando fazia o papel em um seriado de TV: Kung Fu do Oeste. Caiu no total esquecimento e se matou a uns dois anos atrás num quarto de hotel de uma maneira para lá de esquisita: se masturbando. Aparentemente ele pendurou o pescoço mas não tinha a intensão de se matar, era, segundo a polícia, uma maneira de dar mais "emoção" à sua punheta. Mas acabou morrendo asfixiado. Trágico? Irônico? Sei lá. Sei que não é fácil para uma pessoa sobreviver à fama.

Faço uma comparação desta vida em laboratorio de miniatura que é o Juruá. ,De certa forma experimentei uma pequena dose desta fama tornado-me uma espécie de celebridade local.
Não vou negar: é bem legal. Às vezes chateia um pouco também, é verdade, mas muitas portas se abrem. Ocorre que a tal da fama vicia e é por isso que na verdade ninguém quer largar o osso. Há uma confusão entre a identidade real da pessoa e a televisiva, e quando o sujeito, por alguma razão, se desliga daquilo, ocorre algo como uma "síndrome de abstinência" às vezes entrando em depressão.

Passado o sufoco, a vida volta 'a normalidade, mas os primeiros dias são difíceis e é como se a pessoa simplesmente "não existisse". Para mim, basta ir a Tarauacá e a fama acaba, volto ao sagrado anonimato. Agora imagine para uma pessoa que não pode se esconder em lugar enhum do mundo?

Um pouco de non sense
A cena da novela termina com o Tom Cruise pegando um rolo de papel higiênico no botequim da esquina (sim, ele também limpa a bunda) e com uma fã perguntando por que ele não está mais na TV e o que ele vai fazer com o papel...

- Pendurar no teto e me enforcar!

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