O cavaleiro que liderou as tropas cristãs contra os
sarracenos teve uma biografia conturbada.
Conta-se que “El Cid” mudou de lado algumas vezes e teria
lutado também ao lado dos sarracenos contra os cristãos. As razões que o
levaram a isto são até hoje são motivos de controvérsias entre os
historiadores.
Dizem, por exemplo que “El Cid” não recebeu dos reis de “La
Mancha” aquilo que achava que era o seu merecido valor em batalha.
Outros afirmam que “El Cid” almejava mais do que dinheiro e
que pretendia tornar-se senhor de uma parte da Península Ibérica ou quem sabe,
mesmo Rei.
Há até quem imagine que “El Cid” sonhava criar um reino onde
cristão e sarracenos pudessem conviver, na magnífica civilização criada pelos
Almorávidas.
O fato é que as últimas batalhas de “El Cid” foram travadas
ao lado dos cristãos. O respeito que inspirava nas
tropas, bem como o temor que causava nos inimigos, o tornaram uma figura
lendária.
Conta a história que travou sua última batalha, morto. E
Venceu.
Sabendo o significado de ter “El Cid” montado em seu cavalo,
os cristãos teriam atado seu corpo morto de tal modo que pudesse segurar o
estandarte que defendia.
Resultado: vitória dos cristãos!
Encontro paralelo entre a trajetória de Marina com a de “El
Cid” motivos.
Primeiro, a óbvia polarização entre tucanos e petistas, que
já vem arrastando o país numa interminável guerra de valores, onde “bons” e
“maus” encontram-se dos dois lados da trincheira.
Segundo, por ter um projeto próprio de país, que não é o dos
“sarracenos” nem o dos “cristãos”, mas de um país que possa existir para todos,
independente de suas diferenças.
Por último, por perceber que Marina, mesmo depois de “morta”
na disputa eleitoral continua portando o estandarte das causas indígenas e
ambientais com a mesma galhardia.
E ainda é capaz de decidir uma batalha.
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