O deputado federal eleito pelo PSB, César Messias fez críticas contundentes à reforma da praça realizada pelo prefeito Vagner Sales.
"É de um mau gosto extraordinário", dispara.
Mas as críticas não se limitam ao aspecto burlesco da obra. Para César Messias, por trás da aparente "homenagem" à Orleir Cameli, há uma tentativa deliberada de apagar e reescrever a história de Cruzeiro do Sul.
"O verdadeiro autor daquela obra, é Orleir Cameli. Orleir teve muito trabalho em drenar aquela área, que era um chavascal enorme. O atual prefeito fez uma maquiagem mal feita, retirou a placa de inauguração e colocou a sua própria, dando a entender que quem fez foi ele. Vagner nega a autoria da obra do maior prefeito da cidade".
A praça que custou 3 milhões e meio de reais e demorou seis meses para ser construída tem sido objeto de polêmica e ironia entre a população.
Apelidos jocosos como: "Praça do Posto Ipiranga" (devido ao formato quadrado, lembrando de fato um posto de gasolina) ou "Praça Patati Patata" (pelas cores escolhidas à esmo) já se popularizaram através das redes sociais.
Mesmo funcionários de confiança do prefeito já admitem, às escondidas, que a praça "poderia ter ficado melhor"
"Durante meu mandato como prefeito, também houve uma revitalização. Mas a placa e o aspecto original da praça foram mantidos. Tampouco se sabe o que foi feito com o obelisco (também chamado "marco zero"). O obelisco homenageava os imigrantes nordestinos, sírio-libaneses e alemães que ajudaram a construir em Cruzeiro do Sul.
O homem que briga com estátuas
Vagner Sales tem sido pródigo em brigar com o próprio passado da cidade. Sua primeira ação como prefeito de Cruzeiro do Sul foi a retirada da estátua de Marechal Thaumaturgo, comemorativa dos 100 anos da cidade. No local, foi feito um estacionamento.
O Posto de Saúde Manoel Bezerra da Cunha também teve seu nome apagado do letreiro central e passou a se chamar apenas "Centro de Atendimento da 25 de Agosto". O nome original do posto aparece hoje apenas nas laterais, em uma pintura antiga. O posto é considerado uma das príncipais marcas da administração de Aluísio Bezerra, na época, do mesmo PMDB de Sales.
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