domingo, 9 de agosto de 2009

Los Porongas na Terra dos Náuas


Eles estiveram em Cruzeiro do Sul e reuniram tribo do rock no Juruá.

A banda acreana de rock Los Porongas esteve neste final de semana em Cruzeiro do Sul.

Com mais de seis anos de carreira e tendo conquistado o seu espaço no cenário nacional, os rockeiros acreanos trouxeram um pouco de sua experiência e estímulo para que os fãs do gênero s se organizem também no vale do Juruá. No sábado à tarde o baterista Jorge Anzol realizou uma oficina no teatro José de Alencar com músicos de Cruzeiro do Sul e região. Jorge Anzol deu dicas de como melhor aproveitar as diferentes nuances na sonoridade produzida pela bateria, além de falar sobre diferentes ritmos e estilos de tocar o instrumento.

Perguntado sobre como é para uma banda acreana tocar rock na capital paulista, Anzol respondeu que “o publico paulista, nem como em outros estado tem acolhido bem a nossa música”.

A banda de Rio Branco reúne diferentes estilos que lembram as melhores fases do Rock n’Roll que vai de Beatles a Chico Science. A temática regional sempre está presente nas letras do vocalista e compositor da banda Diogo Soares. Na música Ao Cruzeiro, ele faz uma clara referencia à bebida amazônica Ayahuasca , ou Santo Daime, mas com uma linguagem urbana e universal.

No sábado à noite a banda se apresentou no espaço de shows da Musical Importadora – Pizza em casa. O show reuniu pouco mais de cem pessoas mas ajudou a definir um movimento de resistência dos rockeiros cruzeirenses. “Embora Cruzeiro do Sul esteja tão perto de Rio Branco, podemos dizer que caminhamos muito para chegar até aqui. Para mim era um sonho conhecer o Juruá, e fazer isso trazendo para este público a nossa música, é uma grande satisfação”, disse o vocalista Diogo Soares.

Ao Cruzeiro

Los Porongas

Composição: Diogo Soares

Eu chamo o tempo
Eu subo alto
Santo é o nome da paz
Faço o canto um firmamento
E o lamento não se faz

É liquefeito o passaporte
E pela ponte vai a mente a
qualquer parte
Escadarias amazônicas a Marte
Start, estrela, esteja além, no bem
Sempre sem medo que vem
Como um rio

Dai-me paciência
Haja tanta curva
Mas vale tanto a pena
Ver a cena da canoa

A proa quando apruma voa

A cabaça das idéias
Conhecida por cabeças
Quem sabe talvez mereça
Rosa, lírio, ou azaléia

A proa quando apruma voa
avôa, avôa

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