quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Ex-Governador Orleir Cameli desmente boato sobre superfaturamento na BR 364
Leandro Altheman
Em entrevista exclusiva na Radio e TV Juruá, o Ex-governador Orleir Cameli criticou matéria recentemente publicada na imprensa da capital em que a Empresa Colorado é citada como beneficiária de suposto esquema de superfaturamento envolvendo o governo.
“Tem uns gaiatos que passam e dão palpite, sem conhecera obra. O sujeito passa e pergunta para o operador quantos centímetros tem de capa asfáltica. O operador responde: 2,5 cm. Ele não mentiu, acontece que a primeira capa tem 2,5 centímetros nos 9 metros de largura da estrada e a segunda, que pega somente a pista de rodagem (7mts), tem mais cerca de 3 cms.Essa primeira capa é colocada somente para garantir o tráfego.”
Superfaturamento
Sempre citada em reportagens como uma obra suspeita de superfaturamento pelo TCU, Orleir defendeu a BR 364 e justificou o seu alto custo. “Pessoas que não conhecem a Amazônia acham caro 2 milhões e meio o km, mas essa obra tem que ser analisada, não pelo seu comprimento, mas pela altura necessária para se colocar a pista de rodagem. No Rio Grande do Sul, por exemplo, o anel viário de Pelotas é apenas um trecho de 10 km que está orçado em 250 milhões. Sai portanto, a 25 milhões o kilometro. Desse ninguém fala nada. Eu não estou dizendo que seja caro. É preciso conhecer a obra.” Segundo Orleir Cameli, o boato corrente de que a BR “nunca vai ficar pronta” é fruto de pessimismo, má fé, ou desconhecimento. “Hoje faltam cerca de 90 km e se 2011 nós tivermos o mesmo verão deste ano, a BR fica pronta, com pontes, com tudo. Mas em 1995 quando começamos a obra, depois de dez anos dela parada, também tinha gente que dizia isso. São pessoas que desejam o pior para o estado, que tem inveja da administração.” Orleir negou que sua empresa seria beneficiada politicamente pelo atual Governo do Estado. “Em todo o processo passamos por licitações. Em alguns casos conseguimos oferecer um valor 10 milhões de reais mais em conta do que o da planilha.”
Para o empresário a afirmação de que a estrada não sai porque os empresários de Cruzeiro do Sul tem a ganhar com o isolamento, não procede com a realidade. “Só se o empresário não for bom das idéias. Hoje um empresário de Cruzeiro do Sul tem que trabalhar com um capital de giro que inclua o seu estoque, o que está na balsa em viagem, e o que ainda vai comprar. Com a estrada isso não vai ser mais necessário.”
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Não vou entrar no mérito de superfaturamento e coisas do tipo, mas apesar de não entender das particularidades que envolvem uma obra, acho 10 anos muito tempo pra construir esse treço da BR tão necessária ao povo do Vale do Juruá, aliás do Acre. Tomara que acabe mesmo ano que vem.
ResponderExcluirLicitação, principalmente de obras, pelo menos pelo que minha experiência nessa hora é um troço muito complicado, cheio de nuvens negras. Mas deixemos pra lá.
A fiscalização do TCU é uma faca de 2 gumes. Tá certo que está cumprindo o seu papel, identificando falhas, "cuidando" do dinheiro público, mas há um certo exagero, recentemente paralisou um tanto de obras. O povo é quem sai prejudicado. De um jeito ou de outro, sai prejudicado. É necessário bom senso.
Sandra.
Muito interessante o seu blog. Estou aqui lhe convidando a visitar o meu blog, e se possivel seguirmos juntos por eles. estarei grato esperando por vc, lá
ResponderExcluirabraços de verdade
http://josemariacostaescreveu.blogspot.com