Se já é grave o ensino de criacionismo em escolas denominacionais, o que se dirá em escola pública? |
No Colégio Adventista de Várzea Grande, na região metropolitana de Cuiabá (MT), o dilúvio é matéria de ensino não só nas aulas de religião, mas também nas de história, embora não haja qualquer indício científico de que tenha havido esse evento da natureza conforme está descrito na Bíblia.
Para Toni, estudantes
"confirmaram' a crença
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O colégio informou que ministra aulas de criacionismo em conjunto com evolucionismo, admitindo, assim, que coloca os textos bíblicos no mesmo patamar de credibilidade da teoria do naturalista britânico Charles Darwin (1809-1882), autor do livro "A Origem das Espécies".
A nota procura dar ideia de isenção ao afirmar que, embora seja um estabelecimento adventista, não impõe aos alunos nenhuma crença religiosa. A maioria deles não é seguidora dessa religião.
O site do colégio afirma que “foi uma aula interessante” e que muitos alunos “confirmaram” a crença em um dilúvio universal.
Segundo a nota, o objetivo do professor, com a aula, foi permitir que os alunos desenvolvessem um censo crítico, comparando criacionismo com o evolucionismo a partir da formação dos fósseis.
No Facebook, alguns afirmaram que crianças de 10 anos ainda não têm senso crítico e que o colégio está fazendo é lavagem cerebral. Outros são de opinião de que o colégio tem o direito de ensinar o criacionismo sem qualquer restrição porque se trata de um estabelecimento religioso.
A ABC (Academia Brasileira de Ciência) afirmou estar indignada com a divulgação de “conceitos sem fundamentação” com se fossem da ciência. O Conselho de Educação do Mato Grosso, órgão ligado ao Ministério da Educação, vai avaliar se há distorções no ensino do colégio.
Com informação do Portal Terra e do site do colégio.
Extraído do Blog de Paulo Lopes
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