...Os caminhos sagrados do Tawantinsuyu nos ensinam a amar à realidade. A cada dia vou amando ainda mais a nossa realidade, assitindo ao ocaso de um império que oprime não apenas as nações do mundo, mas as consciências do planeta...
Leandro Altheman
Está tão óbvia a derrocada dos EUA que só o pior cego não consegue ver: a imprensa comprometida com o mesmo status quo que vai chegando ao seu final. Enquanto a imprensa foca sua atenção no alerta de Hilary sobre as "sérias divergências" entre Brasil e EUA, não enxerga o óbvio em sua frente.
Hillary aparece na TV dizendo que o acordo Brasil-Turquia-Irã torna o mundo mais perigoso, enquanto Obama elogia o acordo e a iniciativa de Lula. Parece que as mais "sérias divergências" não são entre EUA e Brasil, mas sim, entre Obama e Hilary. Eles não acertam o passo, nem do próprio discurso.
O fato é que o Brasil frustrou a agenda militarista dos EUA que preparava uma invasão ao Irã, e precisava se legitimar perante à comunidade internacional. A mentira de Bush sobre as "armas de destruição em massa" que justificaram a invasão ao Iraque ainda estão suficientemente frescas na mémoria para que possam ser lembradas. Lula jogou um balde de água fria nestes interesses, mostrando que o Irã não é tão intransigente , e que há possibilidade de diálogo. Colocou os EUA numa espécie de escanteio moral.
E aí, eis que surge, quase como intervenção divina, o afundamento de um navio sul-coreano, incitando a guerra entre os belicosos vizinhos. A guerra parece inevitável, e os EUA respiram aliviado, pois somente uma guerra pode arejar a sua economia sufocada por décadas de especulação financeira.
Obama representa a face amiga dos EUA. A face que ganhou o mundo no dia D, quando salvou a Europa do fascismo.
Hilary representa os interesses reais e urgentes da indústria bélica e da sua sociedade "teleguiada" pela mídia.
Bela face, mão oculta. Este parece ser o jogo dos bastidores.
O império está ruindo. Mas não há motivos para comemorar. Um gigante quando vai ao chão, faz muito barulho. Podemos esperar por décadas de guerras desencadeadas por este império, que como o romano, permanecerá por muitos anos no poder graças somente aos seus legionários. Agora não pode mais ser sustentado pela sua economia, nem pelo status de democracia e liberdade, encerrado na gestão passada em sua "Guerra ao Terror". O militarismo, a imprensa vendida, e o consumismo anestesiante poderão mantê-los no topo ainda por muitos anos.
O império está ruindo. Mas não há motivos para comemorar. Um gigante quando vai ao chão, faz muito barulho. Podemos esperar por décadas de guerras desencadeadas por este império, que como o romano, permanecerá por muitos anos no poder graças somente aos seus legionários. Agora não pode mais ser sustentado pela sua economia, nem pelo status de democracia e liberdade, encerrado na gestão passada em sua "Guerra ao Terror". O militarismo, a imprensa vendida, e o consumismo anestesiante poderão mantê-los no topo ainda por muitos anos.
Leandro, eu faria um comentário extenso para o seu post, mas eu acabaria sendo redundante, só posso dizer que é um texto lúcido sobre a real situação política dos EUA. Muito perfeito. Seria muito interessante que mais jornalistas tivessem essa visão imparcial e crítica acerca dos fatos atuais. Vejo gente formada em Jornalismo/Comunicação Social e afins que não sabe nada, nada mesmo sobre a História do mundo, muito menos o que acontece nas "entrelinhas e admira pra caramba o jornalismo Global. É vergonhoso
ResponderExcluirComo pai sou suspeito em reconhecer a capacidade do Leandro no entendimento da história do mundo,que demonstra: conhecimento, discernimento e o melhor, consegue discrever com imparcialidade e isenção,fatos importantes que muitas vezes são distorcidos. O Leandro já nasceu com este dom, eu diria de Deus pois com 8 anos já me alertava pra os conceitos pré - estabelecidos.
ResponderExcluirEle tem muito pra escrever e nos ajudar a pensar.Parabens Lê