Leandro Altheman
O Ministério da Saúde apresentou nesta semana uma proposta que pretende mudar as regras da doação de sangue no Brasil.
O ministério da saúde colocou a proposta em consulta pública por 60 dias. A administração federal deve decidir as novas regras em setembro de 2010.
Ayahuasca e Kambô
Em Rio Branco, há um grupo de trabalho do Ministério da Saúde que estudo a necessidade ou não de impor alguma restrição aos usuários do chá ayahuasca, ou Santo daime, e também do kambô ou vacina do sapo. Em 2008, o Hemoacre impôs uma restrição de até um ano para os usuários da bebida sagrada amazônica, mas por falta de comprovação científica de que a bebida pudesse trazer algum dano aos receptadores de sangue, esta restrição acabou caindo para 24 horas.
Em Cruzeiro do Sul, o estoque de sangue está muito abaixo do recomendável. Segundo a enfermeira responsável Fabíola Jucá, atualmente o hemocentro dispõe de apenas 5 bolsas de sangue dos tipos A e O positivo. Isto significa que no caso de uma emergência com uma pessoa de qualquer outro dos outros 6 tipos sanguíneos, dependerá do envio de uma bolsa de sangue de Rio Branco, um tempo precioso para quem está com a vida por um fio.
Mas não é a ayahuasca ou o kambô o principal fator de limitação aos doadores, mas o alto índice de hepatite B na região do Juruá. A cada 10 pessoas que procuram voluntariamente o hemocentro, 8 estão com o vírus da hepatite.
O outro fator é desinteresse por parte das dos doadores em potencial. Uma das alternativas seria a criação de incentivos aos doadores, como isenção da taxa em concursos públicos e o pagamento de meia entrada em cinemas e no transporte público. Atualmente no vale do Juruá, o único município eu adotou tais medidas foi Mancio Lima, que conta com o maior numero de doadores do Vale do Juruá, algo em torno de 200 doadores.
Publicado originalmente no site: www.juruaonline.com.br
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