Leandro Altheman
O incidente envolvendo ajuda humanitária aos palestinos e fuzileiros israelenses, ressucitou um debate antigo, mas que não perde a atualidade perante os fatos recentes.
Em meio à chuva de declarações e informações, muitas vezes a imprensa perde o foco de certos detalhes que passam despercebidos no jornalismo diário.
Um destes detalhes, vitais para a compreensão da questão no Oriente Médio é o fato de que Israel não é um Estado laico. O que significa isso?
O Brasil, por exemplo é um Estado laico desde a proclamação da República, quando foi realizada a separação entre estado e igreja. Significa, entre outras coisas, a garantia de liberdade religiosa. Significa que existe uma justiça cível, que julga perante a lei e não de acordo com os preceitos morais da religião.
O mesmo não ocorre em Israel. Trata-se de um Estado confessional Judeu. Por exemplo, se uma pessoa se converter ao judaísmo, pode requerer a cidadania israelense. Por outro lado, cristãos, são cidadãos de segunda classe e a eles são vedados certos direitos. Já os islâmicos, são cidadãos de terceira classe. A justiça de Israel, julga, condena e pune de acordo com a religião e a etnia a que pertence o cidadão.
Na prática é um apartheid religioso e também racial, uma vez que considera cidadãos os judeus nascidos em qualquer parte do mundo, enquanto nega aos palestinos, nascidos em seu território, os mesmos direitos.
Por isso, uma das solucões apontadas para a crise, seria Israel tornar-se de fato e de direito, uma estado laico e garantir os mesmos direitos a todos os seus cidadãos, algo hoje, impensável.
O exemplo serve também para que meditemos sobre temáticas polêmicas como aborto e pesquisa em células tronco, entre outros. No Brasil, graças ao estado laico, as igrejas têm a garantia do direito e liberdade de expressar sua opinão seja no âmbito interno ou externo a elas.
Mas serão as razões do estado as mesmas das igreja? Ou o assunto deve ser elucidado sob o olhar cidadão?
O incidente envolvendo ajuda humanitária aos palestinos e fuzileiros israelenses, ressucitou um debate antigo, mas que não perde a atualidade perante os fatos recentes.
Em meio à chuva de declarações e informações, muitas vezes a imprensa perde o foco de certos detalhes que passam despercebidos no jornalismo diário.
Um destes detalhes, vitais para a compreensão da questão no Oriente Médio é o fato de que Israel não é um Estado laico. O que significa isso?
O Brasil, por exemplo é um Estado laico desde a proclamação da República, quando foi realizada a separação entre estado e igreja. Significa, entre outras coisas, a garantia de liberdade religiosa. Significa que existe uma justiça cível, que julga perante a lei e não de acordo com os preceitos morais da religião.
O mesmo não ocorre em Israel. Trata-se de um Estado confessional Judeu. Por exemplo, se uma pessoa se converter ao judaísmo, pode requerer a cidadania israelense. Por outro lado, cristãos, são cidadãos de segunda classe e a eles são vedados certos direitos. Já os islâmicos, são cidadãos de terceira classe. A justiça de Israel, julga, condena e pune de acordo com a religião e a etnia a que pertence o cidadão.
Na prática é um apartheid religioso e também racial, uma vez que considera cidadãos os judeus nascidos em qualquer parte do mundo, enquanto nega aos palestinos, nascidos em seu território, os mesmos direitos.
Por isso, uma das solucões apontadas para a crise, seria Israel tornar-se de fato e de direito, uma estado laico e garantir os mesmos direitos a todos os seus cidadãos, algo hoje, impensável.
O exemplo serve também para que meditemos sobre temáticas polêmicas como aborto e pesquisa em células tronco, entre outros. No Brasil, graças ao estado laico, as igrejas têm a garantia do direito e liberdade de expressar sua opinão seja no âmbito interno ou externo a elas.
Mas serão as razões do estado as mesmas das igreja? Ou o assunto deve ser elucidado sob o olhar cidadão?
Você levantou a questão da laicidade do Estado. Sim, é impesável Israel tornar-se um Estado laico, pelo menos a curto prazo. E também graças a laicidade do Estado brasileiro, os religiosos podem se manifestar, o que eu acredito tem todo um mérito e eu acho mesmo justíssimo, cada instituição social tem que tentar defender seus interesses junto aos representantes eleitos, porém não concordo com a a infuência tão poderosa que a igreja exerce sobre decisões políticas, travando inclusive estudos científicos como o caso da célula tronco. Apesar de admirar o Lula, não pude ficar descontente com o acordo sobre ensino religioso firmado com o Vaticano. Existe uma diversidade religiosa para que uma seja ensinada em detrimento de outras. Não sei minúcias desse acordo e se você tiver mais dados e informações, seria interessante uma postagem sobre isso.
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