Leandro Altheman
"Juruá faz a sua lição de casa no diálogo entre as civilizações"
Foi dificil conter o entusiasmo diante do significado do momento. Enquanto centenas de estudantes ouvem atentamente às palavras do presidente da ALEAC, Edvaldo Magalhães, meu pensamento não para de trabalhar.
O intercâmbio universitário entre estudantes do Brasil (leia-se Juruá) e do Peru é pleno de sentido históricos. Quem soube, como eu, cruzar as fronteiras físicas que separam os dois países, sabe também que existem outras fronteiras, que muitas vezes estreitam a nossa visão e nos apartam de nós mesmos.
Na verdade somos vítimas do mesmo preconceito com que muitas vezes são tratados peruanos e bolivianos na nossa região. Um certo sentimento de inferioridade, de não pertencer ao Brasil, de ser um canto esquecido do mundo. um sentimento que começa a morrer a medida em que vamos contruindo uma relação de amizade e solidariedade com os nossos vizinhos.
O Peru não é pouca coisa. Ao contrário do Brasil, que é considerado um país jovem, o Peru tem pelo menos 5 mil anos de história, grafada nos muros de pedra, em obras que desafiam o tempo e a tecnologia atual.
Mesmo em sua história pós-colonial, o Peru é um superlativo: possuiu a primeira unversidade das américas (antes mesmo dos EUA). Fundada ainda em 1550, a Universidade de San Marcos em Lima é um dos destinos da delegação universitária brasileira. No Brasil, a primeira univrsidade foi fundada apenas depois da vinda da família real, no século XIX. Portanto, temos muito a aprender com eles.
Os tomates foram de início uma boa bandeira para defender a integração, uma bandeira que felizmente começa a ser superada por uma visão mais ampla do que o país tem a nos oferecer.Em uma postagem anterior já havia falado sobre que o que nos falta de verdade, não são os tomates, mas os horizontes.
"Juruá faz a sua lição de casa no diálogo entre as civilizações"
Foi dificil conter o entusiasmo diante do significado do momento. Enquanto centenas de estudantes ouvem atentamente às palavras do presidente da ALEAC, Edvaldo Magalhães, meu pensamento não para de trabalhar.
O intercâmbio universitário entre estudantes do Brasil (leia-se Juruá) e do Peru é pleno de sentido históricos. Quem soube, como eu, cruzar as fronteiras físicas que separam os dois países, sabe também que existem outras fronteiras, que muitas vezes estreitam a nossa visão e nos apartam de nós mesmos.
Na verdade somos vítimas do mesmo preconceito com que muitas vezes são tratados peruanos e bolivianos na nossa região. Um certo sentimento de inferioridade, de não pertencer ao Brasil, de ser um canto esquecido do mundo. um sentimento que começa a morrer a medida em que vamos contruindo uma relação de amizade e solidariedade com os nossos vizinhos.
O Peru não é pouca coisa. Ao contrário do Brasil, que é considerado um país jovem, o Peru tem pelo menos 5 mil anos de história, grafada nos muros de pedra, em obras que desafiam o tempo e a tecnologia atual.
Mesmo em sua história pós-colonial, o Peru é um superlativo: possuiu a primeira unversidade das américas (antes mesmo dos EUA). Fundada ainda em 1550, a Universidade de San Marcos em Lima é um dos destinos da delegação universitária brasileira. No Brasil, a primeira univrsidade foi fundada apenas depois da vinda da família real, no século XIX. Portanto, temos muito a aprender com eles.
Os tomates foram de início uma boa bandeira para defender a integração, uma bandeira que felizmente começa a ser superada por uma visão mais ampla do que o país tem a nos oferecer.Em uma postagem anterior já havia falado sobre que o que nos falta de verdade, não são os tomates, mas os horizontes.
Mas, no quesito agricultura, o Peru realiza prodígios nos três climas: montanha, deserto e floresta. Impressionou-me por exemplo, o cultivo de frutas em pleno deserto e de como é possível encontrar em todas as partes do país uma quase infinita variedade de hortifrutigranjeiros. Terra de riquezas naturais e humanas, não é a toa que o Peru tenha como um dos seus símbolos a cornucópia ,uma antiga lenda, tornada realidade neste país.
Também já foram oferecidas 8 vagas em Medicina para estudantes brasileiros, um sonho de muitos jovens do Juruá.
Também já foram oferecidas 8 vagas em Medicina para estudantes brasileiros, um sonho de muitos jovens do Juruá.
Enfim, o intercâmbio começa a encerrar de vez o isolamento técnico-cietífico e cultural do Juruá e passa a ser um elemento novo que modifica a geopolítica da América do Sul. Estarei exagerando? Creio que não. Temos que parar de pensar pequeno e enxergar com os olhos da grandeza para quem somos e para o que representa o Juruá, para o Brasil, a América do Sul e o mundo.
Imagem 3: Vista lateral da Universidade de San Marcos, em Lima.
Imagem 4: Terraços utilizados para plantio em terrenos difíceis no tempo dos Incas. Ainda hoje a agricultura é prodigiosa no Peru.
Imagem 5: A Cornucópia, que ao lado da Lhama, é um dos símbolos nacionais peruanos. simboliza, riqueza, fartura e prosperidade.
Muito bom seu post.E oportuno.Recente li em um determinado blog um post de alguém que tem visão de porco, ou seja, só olha para baixo, que sem pudor afirmou que o Peru "nada tem a oferecer ao Acre". Isto é preconceito puro.
ResponderExcluirO Peru é uma país mágico e berço de uma das mais fascinantes civilizações.Na realidade creio que neste intercâmbio ,nós os Juruaenses ,temos mais a receber que doar.
Mas,sabe como é né ? fica perto do Acre e aberto a nós acreanos,logo para alguns isto é sinal de pouca valia.Entretanto, agora parece que estamos realmente iniciando o contato intermitente que a séculos, por puro preconceito de que " os peruanos são inferiores e nada a têm a nos oferecer", permaneceu relegado ao ostracismo.
Bem que eu gostaria de nome aos bois, ou no caso, aos porcos. É muita falta de visão dzier que o Peru não tem nada a nos oferecer. Esta visão vai sendo superada aos poucos... A caravana passa...
ResponderExcluirCreio que seja muito válido esse intercâmbio com o país vizinho e as razões já foram todas mecionadas. Dizer que o Peru não tem nada a oferecer é lamentável e de uma ignorância sem limites, mas desse tipo de gente que abre a boca pra falar tamanha asneira, o recomendável é dela dar uma boa risada e passar longe. Saravá!
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