Proprietário de terra
não permite passagem de máquinas e moradores ficam sem Ruas do Povo
Na rua Newton Prado, no bairro do Saboeiro, moradores
realizaram um protesto contra o empresário Mário Correia, que em tese seria o proprietário
do terreno que seria beneficiado pelo programa.
Quando as máquinas do programa chegaram no local que
beneficiaria pelo menos 400 estudantes, o empresário impediu que as mesmas
continuassem o serviço.
Com isso, o governo recuou e retirou as máquinas do local, o
que motivou os protestos dos moradores. O empresário Válber Said Maia,
proprietário de uma olaria no mesmo local explicou a situação da rua.
“Este mesmo empresário retirou barro para sua olaria no
local onde seria o traçado original da rua. Sem outra alternativa, os moradores
criaram esta passagem que hoje tem energia elétrica e água encanada. Ele não
pode impedir a passagem e o asfalto somente iria beneficiar os moradores que
hoje, são obrigados a usar sacolas nos
pés no verão. Já houve acidentes sérios aqui. Um estudante caiu e teve traumatismo
craniano.”
Procuramos o coordenador do programa Ruas do povo em
Cruzeiro do sul, Gontran Neto que esclareceu.
“O empresário quer que asfaltemos o traçado original da rua,
que hoje está cercado. Deste modo iríamos beneficiar o seu terreno, mas não os
moradores.”
Caso o governo realizasse a vontade do empresário, os
moradores que hoje ficariam nos fundos dos terrenos do empresário que seriam valorizados
pela obra.
“Estamos pensando uma solução. O diretor-geral do programa Ruas
do Povo está chegando para tentar resolver o problema.” Explicou Gontran Neto.
Ainda que a obra seja do estado, a autoridade sobre as ruas pertence
ao município.
O procurador-geral do município Jonathan Donadoni explicou
que neste caso não caberia indenização ao empresário, uma vez que não há
benfeitoria.
O município possui autoridade constitucional para determinar
a desapropriação, uma vez que o traçado original foi ocupado pelo empresário.
Os moradores também procuraram o ministério público para
tentar uma solução ao problema.
A ocupação irregular de terrenos e ruas tem sido um problema
constante para os programas de abertura e asfaltamento tanto do município
quanto do estado. E na maioria dos casos depende de bom-senso e negociação para
a conclusão das obras. Nesta semana uma frente de trabalho da prefeitura foi
levada até a rua Absolon Moreira, no bairro do Cruzeireinho, após a negociação
com os moradores que haviam construído suas casas no traçado da rua. “Pagamos
uma indenização, desmontamos as casas e ajudamos no transporte”, afirmou Cunha,
chefe de campo da prefeitura.
* Foto: Onofre Brito/Assecom
rapaz, tua denúncia tá fazendo efeito. Passei por lá e parece que tão mexendo nas ruas...
ResponderExcluirA denuncia na verdade é dos moradores. Só emprestei minha voz a ela. vou passar lá mais tarde. Haux!
ExcluirHaux
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