terça-feira, 18 de setembro de 2012

Proprietário de terra não permite passagem de máquinas e moradores ficam sem Ruas do Povo


Proprietário de terra não permite passagem de máquinas e moradores ficam sem Ruas do Povo

Na rua Newton Prado, no bairro do Saboeiro, moradores realizaram um protesto contra o empresário Mário Correia, que em tese seria o proprietário do terreno que seria beneficiado pelo programa.
Quando as máquinas do programa chegaram no local que beneficiaria pelo menos 400 estudantes, o empresário impediu que as mesmas continuassem o serviço.
Com isso, o governo recuou e retirou as máquinas do local, o que motivou os protestos dos moradores. O empresário Válber Said Maia, proprietário de uma olaria no mesmo local explicou a situação da rua.
“Este mesmo empresário retirou barro para sua olaria no local onde seria o traçado original da rua. Sem outra alternativa, os moradores criaram esta passagem que hoje tem energia elétrica e água encanada. Ele não pode impedir a passagem e o asfalto somente iria beneficiar os moradores que hoje,  são obrigados a usar sacolas nos pés no verão. Já houve acidentes sérios aqui. Um estudante caiu e teve traumatismo craniano.”
Procuramos o coordenador do programa Ruas do povo em Cruzeiro do sul, Gontran Neto que esclareceu.
“O empresário quer que asfaltemos o traçado original da rua, que hoje está cercado. Deste modo iríamos beneficiar o seu terreno, mas não os moradores.”
Caso o governo realizasse a vontade do empresário, os moradores que hoje ficariam nos fundos dos terrenos do empresário que seriam valorizados pela obra.
“Estamos pensando uma solução. O diretor-geral do programa Ruas do Povo está chegando para tentar resolver o problema.” Explicou Gontran Neto.
Ainda que a obra seja do estado, a autoridade sobre as ruas pertence ao município.
O procurador-geral do município Jonathan Donadoni explicou que neste caso não caberia indenização ao empresário, uma vez que não há benfeitoria.
O município possui autoridade constitucional para determinar a desapropriação, uma vez que o traçado original foi ocupado pelo empresário.
Os moradores também procuraram o ministério público para tentar uma solução ao problema.
A ocupação irregular de terrenos e ruas tem sido um problema constante para os programas de abertura e asfaltamento tanto do município quanto do estado. E na maioria dos casos depende de bom-senso e negociação para a conclusão das obras. Nesta semana uma frente de trabalho da prefeitura foi levada até a rua Absolon Moreira, no bairro do Cruzeireinho, após a negociação com os moradores que haviam construído suas casas no traçado da rua. “Pagamos uma indenização, desmontamos as casas e ajudamos no transporte”, afirmou Cunha, chefe de campo da prefeitura.

* Foto: Onofre Brito/Assecom

3 comentários:

  1. rapaz, tua denúncia tá fazendo efeito. Passei por lá e parece que tão mexendo nas ruas...

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    1. A denuncia na verdade é dos moradores. Só emprestei minha voz a ela. vou passar lá mais tarde. Haux!

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