Leandro Altheman
O Movimento Brasil Livre, principal articulador das manifestações de rua pró impeachmeant rasgou de vez a máscara do ‘apartidarismo’ que desde 2013 foi uma das principais ‘bandeiras’ do movimento.
O Movimento Brasil Livre, principal articulador das manifestações de rua pró impeachmeant rasgou de vez a máscara do ‘apartidarismo’ que desde 2013 foi uma das principais ‘bandeiras’ do movimento.
O grupo, que possui núcleos em pelo menos 173 municípios
anunciou que deverá lançar pelo menos dez candidatos a prefeito nas eleições
deste ano, além de uma centena de candidatos a vereador.
O MBL tem incentivado a filiação de seus integrantes nos partidos
já registrados, em especial PSDB, DEM, PPS e PSC. Seus coordenadores não
escondem que as candidaturas desse ano seriam apenas mas a ideia é mais ousada e
pretende não apenas transformar o próprio MBL em um partido, como lançar o nome
de Kim Kataguiri, principal coordenador do movimento à presidência.
Uma das condicionantes para permitir a filiação de seus
integrantes é que os mesmos sejam apresentados como candidatos do MBL.
É positivo que o MBL abrace com clareza suas
causas políticas: a defesa do livre mercado e do estado mínimo. O liberalismo é
um ponto de vista válido dentro do jogo democrático. O que não é válido é
defender um ponto de vista e tratá-lo como verdade imponderável e ‘interesse da
nação’ acima de qualquer partido, e esconder-se por trás da máscara do 'apartidarismo'.
É justamente esse um dos discursos precursores do fascismo: negar
a existência de conflitos de interesse dentro da nação.
Ataques à Marina
Silva
As pretensões do líder do MBL já vislumbram um obstáculo à
frente: Marina Silva. Em sua coluna semanal, Kim Kataguiri acusa Marina de ‘petismo
verde’, seja lá o que isso possa significar.
Ao explicitar suas posições contra a eventual adversária
política e buscar um alvo fora das longas listas de delações e propinas, Kim e
o MBL deixam claro que não são apenas um movimento ‘anti-corrupção’, mas que
possuem uma posição política definida, um ponto de vista, um ‘partido’.
Em seu artigo, Kim não faz menção a qualquer ‘deslize ético’
de Marina, mas justamente às suas posições políticas.
Empurrada para a
esquerda
Caso o impeachmenat se configure, Marina mais uma vez,
deverá experimentar o paradoxo de suas posições políticas conflitantes. Se durante
nas eleições, seus adversários usaram seu conservadorismo (anti-aborto,
anticasamento gay, anti-legalização da maconha), para colar-lhe o rótulo de ‘direita’,
agora, seus novos adversários usaram sua trajetória no PT como ‘prova’ de que
ela sempre será ‘de esquerda’.
A própria Marina Silva, contudo, defende a ideia de que seja
possível transcender a polarização entre ‘esquerda e direita’. Resta saber se
isso de fato, é possível, e como.
O MBL é financiado pelos irmãos Koch. O capital internacional está tentando quebrar o Brasil, de olho no pré-sal.
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