segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Coragem de Ouvir


Leandro Altheman

Vamos falar de coisa séria. Corajosa a atitude do MPE de ouvir os reclames da população de Santa Luzia. Após décadas de abandono, ceder a voz e a vez à uma população que sempre se sentiu à margem de tudo é como abrir a "Caixa de Pandora". O sentimento da população é de que a lei só existe quando é para "sacanear". Santa Luzia é o exemplo mais claro do desastre que foi a idéia de colonização e "reforma agrária" dos governos militares. Não cabe agora culpar o passado, mas devemos aprender com ele, e o INCRA e demais órgãos do poder publico correr atrás do prejuízo para dar àquela população os memsos direitos dos habitantes das cidades. Não é esse o conceito de Florestania? É verdade que muito já foi feito, mas o que falta ser feito, ainda é muito mais.Parabéns ao conjunto do MPE pela atitude. Ninguém é a prova de erros mas quando se ouve a população a chance de errar é menor, ou pelo menos, erramos todos juntos.

Leia a materia abaixo:

MPE realiza audiência pública na Vila Santa Luzia
O Ministério Público Estadual realizou no último sábado, dia 30, uma audiência pública na Vila Santa Luzia BR 364. A audiência durou aproximadamente cinco horas ouviu os principais reclames da população nos quesitos de saúde, segurança, produção, educação e nos problemas com a legislação ambiental. Cerca de 300 pessoas compareceram á audiência que contou com a presença dos quatro promotores de justiça, da juíza eleitoral da 4ª Zona e do Comandante da Polícia Militar. Com mais de 15 mil habitantes, a população de Santa Luzia a emancipação da vila, que seria transformada em município. “queremos o mesmo tratamento que tem Rodrigues Alves, mancio Lima, Marechal Thaumaturgo e Porto Walter, pois temos até mais habitantes que estes municípios, mas não o mesmo número de policiais nem, os mesmos investimento dos poderes públicos” afirmou Anchieta Arara, vice-presidente do STR e morador do Projeto Santa Luzia. Segundo o promotor de justiça, o promotor Ildon Perez, as queixas coletivas da comunidade terão o devido encaminhamento. O MP tem o poder constitucional de exigir dos órgãos públicos a garantia o acesso aos direitos básicos saúde, educação e segurança por exemplo.


Um comentário:

  1. É de surpreeder a atitude e também parabenizo o MP pela atitude. Vale ressaltar que tal atitude deveria ser prática comum, não apenas, mas principalmente do poder executivo. Ouvir os cidadãos, em especial os marginalizados é tarefa importantíssima. O governo DEVE ser para o povo, para proporcionar-lhe bem-estar. Quando órgãos como o MP têm essa preocupação é louvável. Vamos esperar pelo fruto desse contato.

    O povo antes de tudo deveria rechaçar o pão e circo de governantes que aparecem como cordeiros em períodos pré-eleitorais.

    Aqui em RO, tenho medo que o povo eleja Cassol e Expedito quando deveriam se livrar desses encostos.

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