segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Saladino

Nesta semana me lembrei de uma história do velho e saudoso general Saladino, reconquistador de Jerusalém.
Os Cristãos Cruzados contam que Saladino era um homem de grande honra e sabedoria e mesmo seus inimigos mais encarniçados o aprenderam a respeitar por estas qualidades.
Um episódio nos conta muito sobre a natureza e o caráter de um guerreiro de fé, como o foi o grande Saladino.

Durante as batalhas que culminaram com a retomada de Jerusalém, Saladino soube identificar, entre seus oponentes cristãos, diferentes comportamentos e atitudes entre as diversas ordens militares-religiosas que conduziam a batalha. Durante a batalha Saladino havia capturado dois poderosos inimigos cristãos: Guy de Lusignan e Reinaldo de Chatillon. Guy, que era considerado por Saladino um inimigo honrado, recebeu inicialmente um copo de água, o que no deserto, tem imenso significado, mas repreendeu a um subalterno que dera água a Reinaldo, a quem Saladino considerava um infame violentador de mulheres e crianças e a quem mais tarde conduziria pessoalmente sua execução.

A moral islamita do deserto entende que dar água a um prisioneiro a qual se pretende executar, é uma forma de tortura desnecessária, pois alimenta no condenado, a vã esperança de que será poupado.

Amigas
Mas porque lembrei desta história? Por um episódio que por várias vezes já vi acontecer e que se algum leitor lembrar de ter lhe ocorrido algo semelhante, por favor, mande um comentário.

Você tem uma amiga. E você naturalmente gosta desta amiga. A initimidade sincera e descontraída, sem a necessidade de máscaras é o combustível perfeito para despertar um sentimento forte, mais forte que os namoricos baseados na sedução das aparências.
Aí, em dado momento, você percebe que pode ser mais que um amigo. Vai devagarinho testando o terreno e ao perceber que existe alguma chance, faz avanços cuidadosos, medidos, mas prossegue.
E a "amiga", vai dando trela, alimentando esperanças que no fundo, ela sabe que não existem. Como que para testar o condenado, ela vai deixando que o cara se perca em suas próprias ilusões. O sujeito, com sede, vai lhe pedindo cada vez mais água. Então quando finalmente ele acha que encontrou um oásis, descobre que tudo não passou de uma miragem e se vê sozinho no meio do deserto.

Há amigas que na hora do "vamo vê" conseguem ser MAIS FRIAS DO QUE UMA CADEIRA DE ALUMINIO NO AEROPORTO DE MADRUGADA.

Valha-me meu Chiric Sanango!*

Dizem que no amor e na guerra vale tudo. Mas às vezes vejo que há mais honra nas batalhas de sangue do que nas artimanhas do amor.

Por isso, amiga, te peço que se você não tem interesse no "condenado", faça como Saladino: seja piedosa e passe meu pescoço no fio da cimitarra ao primeiro piscar de olhos.

* O Chiric Sanango para quem não sabe, é uma poderosa medicina natural utilizada no Peru para equilibrar a temperatura corporal e emocional!

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