Süleyman Arat, repórter do “Hürriyet
News”, queria ser o primeiro a entrevistar Alex após sua saída do
Fenerbahçe. Para isso, tinha que chegar ao Brasil antes do próprio. Mas
um funcionário do aeroporto de Istambul o colocou em uma roubada. Ele
achava que o apoiador iria para o C
ruzeiro, como as notícias da época
diziam. E pior, achava que não tratava-se apenas de um clube, mas também
da cidade da Raposa. E quando viu que o destino do jogador era
Curitiba, confundiu-se nas abreviaturas de aeroportos (CRU e CUR) e o
mandou para Cruzeiro do Sul. No Acre.
Para chegar lá, ele saiu de Istambul,
foi até Paris, depois para São Paulo, e fez o seguinte trajeto:
Fortaleza (CE) – Belém (PA) – Manaus (AM) – Porto Velho (RO) – Rio
Branco (AC) – Cruzeiro do Sul (AC). E mesmo assim, de acordo com os seus
cálculos, ele ainda chegaria seis horas antes de Alex, que passaria
apenas em Dakar (capital do Senegal) e iria para Curitiba em voo
fretado. Não demorou a reparar que algo não estava indo bem:
– Ainda do ar, vi que era uma verdadeira floresta, não parecia que seria uma cidade que Alex viveria, fiquei em dúvida.
Mesmo com dificuldade de comunicação –
poucos falavam inglês – Süleyman começou a perguntar por Alex. Só um
homem com cerca de 50 anos, com a
Eles foram para a casa do administrador do aeroporto. Com a confusão desfeita, o turco descobriu que estava a mais de 4 mil quilômetros do destino certo, e vinha apenas um pensamento:camisa do Flamengo, conhecia o jogador, mas tinha certeza que aquele não era o destino de uma estrela.
Eles foram para a casa do administrador do aeroporto. Com a confusão desfeita, o turco descobriu que estava a mais de 4 mil quilômetros do destino certo, e vinha apenas um pensamento:camisa do Flamengo, conhecia o jogador, mas tinha certeza que aquele não era o destino de uma estrela.
– Eu estava tão irritado… Eu perdi o voo
do Alex por causa da falha do atendente do aeroporto em Istambul,
estava longe de casa, na Amazônia, onde reinam as cobras e vivem as
sucuris.
Süleyman ligou para o seu jornal,
recebeu apoio do chefe, e até teve o aval para voltar. O que lhe deu
ainda mais vontade de conseguir a entrevista. A sorte foi que o
flamenguista (que ele não lembra o nome) seria apenas o primeiro homem
de bom coração que ele iria encontrar no caminho até o final feliz.
Matéria publicada no Lancenet!
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