Leandro Altheman
Todos os domingos podemos ligar na Rede Globo e assistir a uma boa reportagem,
sempre muito esclarecedora. Pena que oculte uma parte da verdade.
No último domingo tive o prazer de assistir no Fantástico, uma excelente reportagem sobre a questão da venda de meninas para a indústria do sexo.
Um excelente trabalho de jornalismo investigativo. Corajoso, firme, contundente.
No entanto, esconde a hipocrisia da maior emissora do Brasil.
Até pouco tempo, a Rede Globo protelava na justiça, a sua obrigação de adequar a sua programação ao horário do Acre. Alegando razões técnicas, a emissora se recusava a colocar suas novelas dentro do horário determinado pela justiça através da Vara da Infância e da Adolescência. E com isso, crianças em tenra idade podiam até bem pouco tempo, conhecer de pertos os mistério da reprodução e a diversidade sexual da Zona Sul do Rio de Janeiro.
Nada mais hipócrita portanto, do que pintar a exploração sexual de menores como “coisa de outro mundo” ou “crime hediondo” quando não se faz a própria lição de casa de adequar as novelas ao horário definido por lei.
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