quarta-feira, 14 de julho de 2010

Banco é interditado por demora no atendimento. E daí?


Leandro Altheman

Uma agência do Banco do Brasil na Bahia foi interditado por descumprimento da chamada lei

dos 15 minutos que obriga as agencias bancárias a atender os clientes neste prazo. A interdição foi comandada pelo prefeito de Salvador João Henrique Carneiro, do PMDB. Uma lei municipal aprovada pela Câmara de Vereadores de Salvador estabelece que o prazo máximo para atendimento de 15 minutos em dias normais e 30 minutos em dias posteriores a feriados. O prazo começa a contar a partir do momento em que o cliente passa pela porta giratória. Como forma de fiscalizar o cumprimento da lei os bancos são obrigados a emitirem senhas com a hora em que foram retiradas e ao serem atendidos esta mesma senha é carimbada.

E daí?

Em Cruzeiro do Sul, uma lei semelhante de autoria do vereador Zequinha Lima, do PCdoB, foi aprovada em outubro de 2007 pela Câmara de Vereadores.

Vetada inicialmente pela então prefeita Zila

Bezerra, a lei acabou sendo promulgada pela Câmara e está em vigor, portanto é lei, que as agencias bancarias mesmo em Cruzeiro do Sul a cumpram. A nossa lei municipal estabelece um prazo mais estendido. A tolerância de 30 minutos em dias normais e 45 minutos em dias de movimento intenso como por exemplo dias de pagamento. A lei obriga ainda o fornecimento de senhas com a hora da entrada no banco e o momento do atendimento, assentos especiais para idosos, gestantes e portadores de necessidades especiais.

A lei prevê uma advertência, seguido de multa de até 200 UNIFs e o cancelamento do alvará de funcionamento do banco, implicando na paralisação das atividades.

Como em Cruzeiro do sul não há PROCON a fiscalização cabe ao Ministério Público Estadual. Em Cruzeiro do Sul, nunca houve sequer uma advertência neste sentido. Somente a agência da Caixa Econômica em CZS tem hoje estrutura física para atender a esta lei.

Um comentário:

  1. A questão da demora do atendimento nos bancos é um sério problema até mesmo nos bancos privados como o Bradesco. A lei não é cumprida, não há como fiscalizar o tempo de atendimento em cada agência. Agora o que me intriga são os bancos, princiapalmente BB e Bradesco ter lucros absurdos e não providenciarem qualidade nos serviços àquele que é o seu maior bem: o correntista. No BB, no horário do almoço, às vezes há um só caixa para atender. O que custa contratar mais pessoas? Dinheiro não falta. Detalhe é que saem feito loucos para "conseguir" usuários e depois deixa-los à míngua.

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