Texto garimpado na internet. No caso me chamou a atenção o linguagem, ao estilo Bucowsky, agregada desse "neologismo" - "periguete". A ilustração é de Milo Manara, que eu mesmo garimpei na internet para ilustrar o texto.
Harlequim Andernach
Parte 1: Lugar Sagrado
Ela não tirava de cima dele aqueles olhos sensuais, redondos e azuis.” – Será que ela está me dando bola”. Foi o que pensou, o professor, sujeito sério, 20 anos mais velho do que ela.
Não que ele fosse careta, não nada disso. Filosofia era o seu tema preferido, e por isso tinha escolhido aquela carreira. Já tinha sido “muito louco” ou pelo menos achava que sim, fumado maconha na faculdade, contestado padrões, participado do movimento estudantil... Enfim,ele se achava um cara descolado, fora dos padrões convencionais. Mas corresponder aqueles olhares parecia ser uma fronteira muito mais intransponível.
A “patroa” o havia deixado. Talvez cansara-se de sua falta de ambição, de ter continuado, por quase duas décadas como um mero professor de ensino médio. Inteligente ele era, mas tinha sido simplesmente feliz fazendo o que gostava: dar aulas de filosofia, ainda que, em uma turma de 40 alunos, talvez um ou dois aprendesse alguma coisa de fato. Mas desde que sua mulher o deixara as coisas agora eram outras, e os primeiros cabelos brancos já lhe faziam questionar os seus próprios caminhos, da qual antes era tão seguro...
“-O que eu tenho a perder afinal”. Retribuiu o sorriso, e no final da aula, um papelzinho dobrado com um telefone e uma marca de batom veio lhe parar no meio das suas coisas. Tinha um perfume levemente cítrico, que certamente era proposital. Sentia-se um bobão, um banana, com aquele papel na mão. A menina era bonita “-acho que ela só quer curtir com a minha cara”. Mas numa sexta-feira a noite, achou que se morresse sem ligar para aquele número, morreria como um covarde. Tinha medo de que ela lhe atendesse de maneira indiferente.
“- oi tudo bem”
“-Melhor agora, que estou falando com você!” (essa é clássica)
“...Queria te ver”
Marcaram um encontro. Às escondidas, não era mais casado, e a garota era maior de idade, mas sentia-se constrangido diante da sua juventude.
Era uma noite quente e ela estava com um shortinhos curtos jeans, e uma blusa de alcinhas.
“- Uma delícia...” Mas o que realmente o deixava desconcertado era o jeito com que ela olhava para ele. Um olhar incendiário. Resistiu o quanto pôde, sempre pensando que afinal, aquilo era só um jogo... e ele apenas mais numa presa a ser colecionada como troféu para aquela “periguete”. Até que em certo momento, deixou-se levar, “- afinal o amor e a paixão são as mais doces ilusões”.
Saíam sempre às sextas às escondidas. Perceber que aquela gatinha, mesmo sendo tão mais jovem, se interessava por ele, despertou um Dom Juan adormecido. Passou a se arrumar e a gastar dinheiro com perfumes, coisa que nunca fizera antes. Flores, bombons, vinhos... Essas coisas antiquadas mas que no fundo sempre fazem sucesso com as mulheres.
Ela, que queria só brincar com aquele coração bobo, como uma gato que brinca com um novelo de lã, acabou se deixando envolver por aquele charmoso sedutor. Os garotos que conhecera iam em bando para curtir nos fins de semana, se embriagar de cerveja, ouvir som no último volume, exibicionismo apenas.
Com o professor, compartilhavam, a sós, uma garrafa de vinho, uma música suave. Sentia-se única, desejada. E ele aproveitava cada momento ao seu lado, testando-lhe as intimidades com muito cuidado, como quem testa a temperatura da água em um lago gelado, ou fervente.
À meia luz, viu quando ela tirou a roupa em sua frente pela primeira vez. Pela silhueta, percebeu a sua “coisinha”. Era tão fofa, tão delicada. Tocou-a com a mão e sentiu aquele volume, meio “inchadinha”, com o grelo saltando um pouco para fora.
“-Cada mulher é um universo completo, pensou”. E com a mesma emoção com que talvez aportassem em terras desconhecidas, os primeiros navegantes, beijou a sua boca, enquanto a mão acariciava o seu “ursinho”. Foi um beijo, molhado, apaixonado, daqueles que fazem a gente quase surtar ouvindo os estalos da língua. Molhada, aproximou sua boca do piercing que enfeitava o seu umbigo. Beijava-a na altura da cintura, quando sentiu que ela agarrava-o pelos cabelos. Começou com uma carícia, mas agora ela já lhe puxava com força e aquilo lhe dava ainda mais tesão. Seus movimentos não deixavam dúvida: ela queria ser chupada.
Atendeu ao seu desejo como um servo apaixonado enquanto um gemido rouco, sufocado ia tomando conta do quarto. Ela arqueava o corpo, pedindo mais e mais. Parou por um instante e ela surpreendeu-o comum beijo apaixonado, enlouquecido.
Penetrou-a devagar, com a mesma deferência do devoto ao entrar em lugar sagrado. “ -Afinal é exatamente: “lugar sagrado.”, pensou.
Não que ele fosse careta, não nada disso. Filosofia era o seu tema preferido, e por isso tinha escolhido aquela carreira. Já tinha sido “muito louco” ou pelo menos achava que sim, fumado maconha na faculdade, contestado padrões, participado do movimento estudantil... Enfim,ele se achava um cara descolado, fora dos padrões convencionais. Mas corresponder aqueles olhares parecia ser uma fronteira muito mais intransponível.
A “patroa” o havia deixado. Talvez cansara-se de sua falta de ambição, de ter continuado, por quase duas décadas como um mero professor de ensino médio. Inteligente ele era, mas tinha sido simplesmente feliz fazendo o que gostava: dar aulas de filosofia, ainda que, em uma turma de 40 alunos, talvez um ou dois aprendesse alguma coisa de fato. Mas desde que sua mulher o deixara as coisas agora eram outras, e os primeiros cabelos brancos já lhe faziam questionar os seus próprios caminhos, da qual antes era tão seguro...
“-O que eu tenho a perder afinal”. Retribuiu o sorriso, e no final da aula, um papelzinho dobrado com um telefone e uma marca de batom veio lhe parar no meio das suas coisas. Tinha um perfume levemente cítrico, que certamente era proposital. Sentia-se um bobão, um banana, com aquele papel na mão. A menina era bonita “-acho que ela só quer curtir com a minha cara”. Mas numa sexta-feira a noite, achou que se morresse sem ligar para aquele número, morreria como um covarde. Tinha medo de que ela lhe atendesse de maneira indiferente.
“- oi tudo bem”
“-Melhor agora, que estou falando com você!” (essa é clássica)
“...Queria te ver”
Marcaram um encontro. Às escondidas, não era mais casado, e a garota era maior de idade, mas sentia-se constrangido diante da sua juventude.
Era uma noite quente e ela estava com um shortinhos curtos jeans, e uma blusa de alcinhas.
“- Uma delícia...” Mas o que realmente o deixava desconcertado era o jeito com que ela olhava para ele. Um olhar incendiário. Resistiu o quanto pôde, sempre pensando que afinal, aquilo era só um jogo... e ele apenas mais numa presa a ser colecionada como troféu para aquela “periguete”. Até que em certo momento, deixou-se levar, “- afinal o amor e a paixão são as mais doces ilusões”.
Saíam sempre às sextas às escondidas. Perceber que aquela gatinha, mesmo sendo tão mais jovem, se interessava por ele, despertou um Dom Juan adormecido. Passou a se arrumar e a gastar dinheiro com perfumes, coisa que nunca fizera antes. Flores, bombons, vinhos... Essas coisas antiquadas mas que no fundo sempre fazem sucesso com as mulheres.
Ela, que queria só brincar com aquele coração bobo, como uma gato que brinca com um novelo de lã, acabou se deixando envolver por aquele charmoso sedutor. Os garotos que conhecera iam em bando para curtir nos fins de semana, se embriagar de cerveja, ouvir som no último volume, exibicionismo apenas.
Com o professor, compartilhavam, a sós, uma garrafa de vinho, uma música suave. Sentia-se única, desejada. E ele aproveitava cada momento ao seu lado, testando-lhe as intimidades com muito cuidado, como quem testa a temperatura da água em um lago gelado, ou fervente.
À meia luz, viu quando ela tirou a roupa em sua frente pela primeira vez. Pela silhueta, percebeu a sua “coisinha”. Era tão fofa, tão delicada. Tocou-a com a mão e sentiu aquele volume, meio “inchadinha”, com o grelo saltando um pouco para fora.
“-Cada mulher é um universo completo, pensou”. E com a mesma emoção com que talvez aportassem em terras desconhecidas, os primeiros navegantes, beijou a sua boca, enquanto a mão acariciava o seu “ursinho”. Foi um beijo, molhado, apaixonado, daqueles que fazem a gente quase surtar ouvindo os estalos da língua. Molhada, aproximou sua boca do piercing que enfeitava o seu umbigo. Beijava-a na altura da cintura, quando sentiu que ela agarrava-o pelos cabelos. Começou com uma carícia, mas agora ela já lhe puxava com força e aquilo lhe dava ainda mais tesão. Seus movimentos não deixavam dúvida: ela queria ser chupada.
Atendeu ao seu desejo como um servo apaixonado enquanto um gemido rouco, sufocado ia tomando conta do quarto. Ela arqueava o corpo, pedindo mais e mais. Parou por um instante e ela surpreendeu-o comum beijo apaixonado, enlouquecido.
Penetrou-a devagar, com a mesma deferência do devoto ao entrar em lugar sagrado. “ -Afinal é exatamente: “lugar sagrado.”, pensou.
(continua...)
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