quarta-feira, 2 de maio de 2012
Povo Nukini já foi referência na educação indígena, mas hoje passa por dificuldades e cobra melhorias
As escolas construídas
pelo governo anterior possuem boas estruturas físicas, mas estão precisando de
reparos. Falta de servidores de apoio também comprometem a educação na Terra
Indígena Nukini
São cerca de sete horas de barco saindo de Mâncio Lima,
pelos rios Japiim e Moa para se chegar até a sede da aldeia República, principal
comunidade dentro da terra indígena Nukini.
Mas apesar dos investimentos em estrutura e em formação de
pessoal, a educação dentro da terra indígena não está nos seus melhores dias.
As escolas precisam de reparos urgentes e a falta de pessoal de apoio atrasou o
início das aulas nos últimos dois anos.
Segundo os indígenas, a escola já contou com pessoal de
apoio em seu quadro, mas mudanças nas normativas internas da SEE impedem a
contratação de merendeiras, vigias e pessoal de limpeza. Para funcionar, a
escola acaba dependendo do trabalho voluntário de pais, alunos e professores, o
que para uma escola com 150 alunos não é pouca coisa, e consome o tempo gasto nas
atividades de subsistência como a caça, a pesca e os roçados da comunidade.
O problema gerou uma polêmica interna na comunidade que decidiu
pressionar o diretor da escola, Marcos Nukini, para obter uma resposta do
Governo do Estado.Sem poder dar uma solução, a comunidade, que havia decidido
pela suspensão das aulas, resolveu voltar às atividades, dependendo mais uma
vez do trabalho voluntário de pais, alunos e professores. “No ano passado, os
professores se juntaram e me pagaram. Neste ano eu vou trabalhar, mesmo de
graça, pois quem sai prejudicado são os nossos alunos”, disse Vera Nukini.
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