Aconteceu na noite desta terça-feira no Teatro dos Náuas o encerramento da semana da biodiversidade. O evento foi promovido pelos acadêmicos do sétimo ano do curso de biologia da UFAC.
Colagem nas paredes, uma janela para o mundo
O livro da doutora em educação Maria Aldeci Rodrigues de Lima, lançou um olhar sobre um hábito comum nos seringais da região do Juruá: a colagem de imagens nas paredes. A partir da hipótese de que as colagens serviriam apenas para “tampar brechas”nas paredes, a professora realizou um trabalho de campo nos seringais dos rios Moa e Azul.
O resultado do trabalho de pesquisa pode ser lido no livro: Retratos, Imagens letras e números colados nas paredes.
“Não é apenas para tampar a brecha. Descobrimos que o hábito de colar papel na parede de casa é um contato com o mundo urbano. Apesar dos moradores gostarem da tranquilidade de morar na floresta, isso não lhes basta. Eles querem saber como são as coisas na cidade.”, disse a doutora Maria Aldeci
Kambô
Já o doutor
em zoologia Paulo Bernarde se dedica há mais de 20 anos ao estudo de répteis e
anfíbios, entre eles, aquele que certamente é um dos personagens da região mais
conhecidos em todo o mundo: o Kambô.É o kambô que ilustra a capa do livro “Anfíbios e Répteis: Introdução ao estudo da Herpetofauna Brasileira”
“A Philomedusa bicolor possui em sua secreção peptídios (moléculas grandes) de interesse para a ciência. Nosso estudo é um estudo mais básico, sobre a ecologia do animal, que serve de base para estudos mais aprofundados com as chamadas biomoléculas.”
Algumas destas biomoléculas presentes na secreção do Kambô já foram patenteadas por laboratórios dos EUA e Japão no tratamento à AVC (acidente vascular cerebral) e depressão.
Resultados
Para Meirecler Padilha, uma das organizadoras do evento, o resultado da semana foi positivo. “Conseguimos uma interação entre a comunidade acadêmica e externa, divulgar o que a UFAC tem e estimulando o espírito investigativo nas pessoas”, disse.
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