Nesta sexta-feira, tive a oportunidade de entrevistar "Zeca do Alto Pentecostes" dos
líderes do movimento que fechou a rodovia estadual AC 405 entre quarta e
quinta-feira desta semana.
O movimento tinha por objetivo, cobrar do governo do estado,
um compromisso para que o ramal do pentecostes fosse asfaltado este ano.
Segundo documento apresentado, com a assinatura de seis lideranças, desde 2012
os trabalhadores rurais veem lutando pelo asfaltamento dos 12 km do ramal, um
dos mais populosos e produtivos da região.
O saldo foi positivo: na quinta-feira o vice-governador
César Messias comprometeu- se em destinar sete milhões de reais para o
asfaltamento do ramal.
Direito à Voz
O principal objetivo da vinda de “Zeca” do Alto Pentecostes
foi contudo defender o direito á manifestação por parte dos trabalhadores
rurais. Na quarta-feira houveram desentendimentos entre manifestantes e pessoas
que se dirigiam ao aeroporto internacional para embarcar, culminando com lesões
corporais leves em um professor que tentou passou pela barreira.
Desde então choveram críticas ao movimento dos trabalhadores
nas redes sociais, associando a ação a atos de “vandalismo”. Houve também a suspeitas
de que o movimento havia sido patrocinado por grupos políticos contrários ao
atual governo.
Zeca do Pentecostes defendeu os trabalhadores rurais:
“Um dia antes, taxistas e mototaxistas fecharam á ponte para
protestar contra o alto preço dos combustíveis. Se as pessoas da cidade podem
protestar, porque nós não temos este direito também?”
Zeca também se desculpou por possíveis excessos cometidos por
manifestantes;
“Todo mundo ali estava com sangue quente. Mas não somos
vândalos. Somos trabalhadores”, disse.
“Eu aproveito este espaço para me desculpar com qualquer
pessoa que tenha sido ofendida. Mas nossa causa é válida”, concluiu.
Zeca também falou sobre produção e produtividade e sobre programas
de fomento agricultura familiar, tema da
próxima postagem.
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