quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Crime e Castigo


Bastante compreensível a revolta de parcela importante da sociedade cruzeirense em relação ao crime cometido, ao que tudo indica, por indígenas do povo katukina contra o motorista (ex-taxista) Sérgio Vasconcelos da Silva. A covarde agressão, possivelmente sob efeito de bebidas alcóolicas deve ser investigado e seus responsáveis punidos exemplarmente.
E o blog Terranauas, presta neste momento, toda solidariedade à vitima, seus familiares e amigos e também à categoria dos taxistas e motoristas, que comumente são vítimas de homicídios e agressões devido à vulnerabilidade da profissão.

Tão chocantes quanto o crime, são contudo as manifestações de ódio racial contra os indíegnas manifestadas sob o manto do anonimato na internet.

A estas pessoas quero lembrar dos três homicídios que já foram cometidos em situações e circunstâncias semelhantes, por cruzeirenses não-indígenas (ou "brancos, se preferir).

Emano, esposo da nobre professora Rosalina de Oliveira foi covardemente assassinado a facadas por um passageiro que se recusou a pagar o frete.

Nosso saudoso Bacana, que dá o nome à praça de taxi, foi assassinado por um "noiado" de um modo tão brutal que chocou a cidade.

O caso mais recente, foi o senhor Emílio, assassinado de maneira gratuíta pelo "Cuca".
é justamente aí que se nota, como o racismo é uma visão de um peso e duas medidas, pois nninguém mencionou a suposta "etnia" dos acusados.
Todos gente da nobre malta cruzerense: uma boa mistura de nordestinos e índios e fez este povo único e maravilhoso.

***

A questão da inimputabilidade indígena é um mito. Não existe mais. São investigados, julgados e condenados como qualquer cidadão brasileiro. Com a única diferença de serem acompanhados pela FUNAI.

Mas, ainda há pontos importantes a serem mencionados como por exemplo, o alcoolismo que tomou conta da terra indígena. As principais lideranças do povo entregaram-se ao vício do álcool e infelizmente, este é o exempo que estão legando ao povo.

Os katukinas estão vivendo na verdade uma situação dramática de vulnerabilidade social, econômica e principalmente cultural, sobretudo, por sua terra ser cortada pela BR 364. outros povos indígenas que não estejam em contato tão direto com a sociedae branca, estão conseguindo lidar melhor com etes e outros problemas que surgem a partir do contato.

Em outras palavras, a situação presente dos Katukinas é uma prova contudnete de que o EIA-RIMA e o plano de mitigação não estão surtindo o efeito desejado. E é por esta e outras razões que continuo e continuarei sendo contra Belo Monte, ou qualquer outro empreendimento que vá alterar o modo de vida original dos indígenas que saem de uma condição de um povo que tira dignamente o seus sustento da terra, através da caça, pesca e agricultura de subsistência, para se tornarem mendincantes de favores e mercês do governo federal.

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