Em entrevista coletiva na tarde desta terça-feira à imprensa do Juruá, o governador do Acre Tião Viana (PT) garantiu que serão tomados todos os cuidados necessários na prospecção e possível futura exploração de petróleo na região.
"Desde já estão descartadas quaisquer possibilidades de exploração em áreas indígenas e unidades de conservação".
Ele se comprometeu a levar uma comitiva de jornalistas acreanos para a base petrolífera de Urucum, no Amazonas para ver de perto o modelo de exploração
"Precisamos desmitificar. Uma base como Urucum causa menos impacto ambiental do que um posto de lavagem."
Sobre o transporte do gás em oleodutos, que poderiam ser outra fonte de preocupações ambientais, Tião Viana respondeu:
" Vamos substituir o uso de óleo diesel nas termoelétricas. Só com isso vamos reduzir em mais de 60% as atuais emissões de carbono e através do linhão, que deve chegar em Cruzeiro do Sul ,em 2014, poderemos exportar na forma de energia elétrica".
O governador também falou sobre os possíveis benefícios de uma eventual exploração que em termos de royalities podem chegar a 1 bilhão de reais/ano.
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Bem, a entrevista foi sobre muitos temas diferentes e não foi possível um aprofundamento maior nesta questão.
É certo que existe a preocupação do governo do estado em tomar todas as medidas possíveis para reduz os danos ambientais.
No entanto, ainda ficam algumas perguntas a serem respondidas.
1- O Governo do Estado terá o comando de um processo que pertence à ANP?
2- No caso do gás natural , a opção de exportá-la na forma de energia elétrica é inteligente e reduz um sério problema hoje que é o uso de óleo diesel, que além das emissões de poluentes, representa também um risco ambiental para o seu transporte e armazenamento. Mas no caso do petróleo fino, como se daria o seu escoamento?
3- Como seriam divididos os royallities no caso de exploração. Quanto caberia ao Estado e quanto ao(s) Município(s)?
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