Na manhã desta segunda-feira já circulavam boatos de que Henrique Afonso teria desistido de sua candidatura à prefeito de Cruzeiro do Sul, boatos que foram a princípio, desmentidos pela direção do PV municipal.
Os boatos, contudo, foram crescendo e ganhando cada vez mais o tom de verdade. Uma pergunta lançada no facebook recebeu a resposta de um candidato a vereador e membro da direção do PV de que H. Afonso de fato havia desistido de ser candidato. Por telefone, sua desistência foi confirmada por um membro da direção do PV.
Pelas redes sociais, a própria presidente do PV municipal confirmou a desistência.
Apesar da confirmação do PV, lideranças do PCdoB acreditam que H. Afonso está só fazendo "doce", para sair "ungido" pela cúpula do PT em Rio Branco. Mas se isso for verdade, qual o respeito que Henrique está demonstrando para com os seus correligionários do PV? Será que ele pensa que são apenas uns "orelhas secas" que ele usa ao seu bel-prazer?
O motivo alegado por Henrique teria sido o "endurecimento" (pero sin perder la ternura) do PCdoB na última reunião entre os partidos da FPA.
Preterido, o PCdoB cruzeirense demonstrou mais disposição de enfrentamento das decisões da cúpula petista do que seus correligionários em Rio Branco.
Perguntado sobre quais foram os critérios de escolha de H. Afonso para a candidatura, foi respondido pela direção do PV que haviam sido as pesquisas que apontaram Henrique a apenas 1 ponto de diferença do atual prefeito Vagner Sales.
Eis que o PCdoB teria alegado: " muito bem, mas se os critérios forem esses aqui, então que sejam os mesmos na capital". O que obviamente colocaria Perpétua Almeida (PCdoB) como candidata.
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Jogo normal da política, cada um põe suas cartas na mesa e fazem suas apostas.
O que não me parece "normal" é a reação de Henrique Afonso. Sem demonstrar nenhuma disposição para o diálogo H. Afonso diz que quer ser "convidado" a disputar a eleição pela FPA.
Onde nosso amigo está com a cabeça? O que ele espera da vida e da política? Será que ele espera ser UNGIDO?
Henrique Afonso está jogando no lixo uma oportunidade, não apenas sua, mas de Cruzeiro do sul se ver livre de um modelo de gestão ultrapassado. Em um momento em que quase todos os políticos tem alguma "lama" em seu currículo, H. Afonso poderia tranquilamente usar o seu histórico de "ficha limpa".
Só isso seria argumento suficiente para vencer as eleições.
Bem, talvez, seja melhor assim, quem quer ser unanimidade e não tem capacidade para dialogar com as diferenças dentro da própria coligação, também não teria como gestor.
Resultado parcial: Estado Laico 1 X Gospelândia 0
Seja qual for o resultado final desta novela, não preciso esperar até o capítulo final para saber que Henrique é de fato esta pessoa instável que relutei em acreditar. Segundo pessoas que já trabalharam junto com ele em camapanhas, Henrique tem o costume de justificar suas ações com mensagens divinas, que somente ele o "ungido" tem a capacidade de escutar.
Rapaz, tu pegou pesado com o meu candidato. Rsrsrsrsrs... Mas não posso deixar de concordar com a maioria das tuas colocações.
ResponderExcluirAbr
Franciney
Era o meu candidato tb. Agora não quero mais, nem que venha "ungido" de Rio Branco. Peguei pesado e sei disso, ma quem abandona o campo de batalha leva tiro na bunda.
ExcluirLeandro já captei a mensagem principal em suas postagens sobre a sucessão municipal em CZS:
ResponderExcluirA falta de coragem dos atores políticos locais da FPA em peitar os 'Big Brothers' da capital e sua fórmula de caixinha, já pronta do tipo "é só abrir e usar".
Enquanto isso o boquirroto e arrogante garanhão de bigode, que na realidade é um pangaré em qualidade, campeia solto por estas bandas e por isso mais uma vez largou primeiro, com forte tendência de mais uma vez chegar à vitória, apesar de ser manco e a sua raia cheia de buracos...
Exato Jairo. Ninguém mais do que eu deseja uma mudança significativa na política cruzeirense, uma que rompesse definitivamente as correntes do coronelismo assitencialista tão bem representado pelo bigode. Mas a forma de fazer política da FPA faz com que a sucessão municipal de CZS seja apenas mais uma casa no xadrez da política estadual e deste modo, a política não se constroi localmente, como o debate entre as lideranças de CZS, mas sim com a "intervenção divina" de quem não vive esta realidade. É como se nós, população e cidade apenas servissemos a um propósito político que se tornou não mais o meio, mas um fim em si mesmo. Uma total inversão de valores. CZS tem que construir a sua AUTONOMIA; não estou falando de criar novo estado, mas de sermos capaz de decidir e discutir sua política de acordo com os interesses da cidade e da população de Cruzeiro do Sul.
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