
Faco esta postagem diretamente da Escola Iuva Stiho, Aldeia Nova Esperanca, Terra Indigena Yawanawa, rio Gregorio.
Foram dez horas de subida do rio. Felizmente sem nenhuma chuva, mas o sol escaldante e o vento queimaram minhas pernas sem que eu me desse conta.
Fora do festival, a rotina aqui e outra. Nao ha festa, somente raya - trabalho.
Os Yawanawa esao envolvidos em um grande mutirao de limpeza e rocagem da aldeia. Todos, em especial os mais jovens estao desde cedo no batente.
Nao ha plantio de roca por este tempo, mas ainda ha muita macaxeira do ano passado e os bananais tambem fornecem boa alimentacao. Mais acima, cerca de tres horas de barco esta ocorendo o plantio de rau - medicinas ou ni pui - folhas nativas de uso medicinal ou aromatico.
Os cacadores estao empenhados em correger os rastros de animais maiores como antas e veados.
A escola ainda esta de ferias, as aulas devem recomecar no dia 5 de marco.
Ha uma infestacao constante de piuns , o que nos obriga a andarmos com calcas e camisas de manga comprida.
Pela noite, os jovens cantam as musicas tradicionais do povo, em uma releitura pop com violao.
Quem espera ver os yawanawa como um povo ¨puro¨ ou intocado, tera uma grande surpresa. Eles adaptam-se rapidamente a nossa cultura. Manejam habilmente os barcos com motores que eles mesmo consertam. Debatem a politica nacional e internacional e reconhecem como a importancia do diferencial de sua cultura em um mundo cada vez mais de iguais. Um grupo esta agora em isolamento, aprendndo os fundamentos de sua cultura e espiritualidade. Estes serao os responsaveis pela continuacao e reproducao da cultura yawanawa.
Haux!
PS: Nao decifrei a acentuacao e pontuacao deste teclado.
Valeu meu amigo!!!
ResponderExcluirVocê é um homem privilegiado, pois faz aquilo que gosta (pelo menos nos passa essa impressão). Por esses dias reli (e me aventurei também, pelo menos no Google Earth) sua aventura na Transoceânica. É uma aventura que pretendo fazer um dia, quando fores outra vez me avise com alguns meses de antecedência.
Bom trabalho por aí.
Abr.
Franciney