quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

BR 364 : Trafegável mas Perigosa

Acabo de chegar a Feijó depois de cerca de 5 horas de viagem pela BR 364.

A BR está superando minhas expectativas em termos de periculosidade. Mesmo motoristas experientes têm se acidentado ao longo da estrada.

Em alguns trechos são muitos buracos (alguns dos quais, verdadeiras crateras). Há máquinas e homens trabalhando em obras de recuperação, mas a erosão do solo no período de chuvas parece agir mais depressa do que as equipes.
Há trechos também em que a erosão do solo está literalmente acabando com a pista.Mas não são estes os trechos mais perigosos.

Os trechos mais perigosos são justamente aqueles em que o veículo pode atingir maior velocidade. Há trechos em que a pista está tão nova que tem-se a impressão de realmente ser um estrada de "primeiro mundo"(para usar a expressão já batida, mas consagrada).

Tal impressão é um erro que pode ser fatal. Pois os trechos "bons" e "ruins" se intercalam muito rapidamente e na passagem da pista de asfalto para o trecho "imprimado" há uma séria tendência de o veículo derrapar e o condutor perder o controle.

Presenciei dois acidentes apenas no trecho entre Sena Madureira e a entrada de Manoel Urbano.

No primeiro deles uma Hilux branca capotou devido à aquaplanagem. Para quem não sabe, os primeiros minutos de chuva são os mais perigosos pois a poeira misturada à agua cria uma perigosa superfície deslizante. O motorista, prestador de serviço do DERACRE e motorista acostumado no trecho perdeu o controle do veículo e capotou. Perda total do veículo, os ocupantes tiveram ferimentos leves.
O segundo veículo, uma Hilux prata, chocou-se contra o barranco. O motorista perdeu o controle no momento em que saiu do asfalto e entrou em uma área de muitos buracos, onde há apenas a imprimação.

Uma das ocupantes do veículo fraturou o braço e teve de ser levada ao hospital de Feijó.
***
Não custa reforçar o alerta de que a BR 364, sem sinalização e com trechos bons e ruins está realmente muito perigosa. Todo cuidado é pouco.

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